domingo, junho 16, 2024

O mundo com "coitadinhos" e com a "gente que só tem direitos"...


Nunca percebi muito bem a quem é que interessa um estado exageradamente assistencialista, como é cada vez mais o nosso. O problema é que à medida que vou procurando respostas, vou descobrindo interesses onde não esperava. Mas a vida é isso...

Sei que quanto mais nos viramos para a direita (a mais clássica, não a liberal...), mais se faz sentir a filosofia de um mundo com "coitadinhos", como se o mundo fosse mais bonito com pobrezinhos e estropiados. Também sei que os socialistas contribuíram para "este estado de coisas", ao evitarem resolver alguns problemas sociais que careciam de alguma urgência, roubando a dignidade a cada vez mais pessoas...

E também se mantém a ligação ao catolicismo mais conservador, que gosta que exista a "esmola", quase como instituição, alimentando a fábula de que os ricos à medida que vão distribuindo umas moeditas aos pobres, "compram" o seu espaço no céu...

Normalmente quem recebe rendimentos mínimos e afins, são as franjas que cresceram (e habitam...) em meios mais pobres, muitos, mesmo jovens, nunca chegaram a terminar o secundário. O mais curioso é a sua filosofia de vida: fazer o mínimo possível e sacar o mais possível ao estado, à igreja ou seja a quem for (fazem da pedincha um modo de vida e são capazes de ir buscas alimentos ao máximo de instituições que puderem, muitas vezes para os venderem, obrigando a que sejam criados sistemas burocráticos, que não permitam estes abusos completamente egoístas). Ou seja, fazem da "esperteza" um modo de vida (só que nós não somos todos estúpidos, como eles pensam...).

E por muito que queiramos proteger ou ajudar esta gente, rapidamente percebemos que não pertencemos a este mundo, onde as pessoas, por serem "pobrezinhas" (às vezes até parece que gostam deste estatuto...), pensam que só têm direitos e nada de deveres...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


4 comentários:

  1. Há uma 'doutrina dos coitadinhos' que mais satisfaz quem a cultiva do que quem dela beneficia.
    Sempre me lembram as jocistas do Cerejeira com tempero de verbo revolucionário.

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    1. É uma coisa que não faz bem a ninguém, José. Nem ao País nem aos "coitadinhos"...

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  2. O país da pedinchice onde há mais direitos que deveres...
    Um abraço.

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    1. É uma "bola de neve" que não tem parado de crescer, Graça, porque é mais fácil dar uma esmola que criar condições para que todos vivamos melhor...

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