Com o crescimento do turismo os políticos vangloriavam-se com a recuperação de edifícios e fingiam não ver que uma boa parte dos habitantes de bairros tradicionais estavam a ser empurrados paras as periferias das duas cidades grandes. Até tiravam o chapéu aos muitos empreendedores do alojamento local, sem se preocuparem que uma cidade sem vida própria, torna-se numa outra coisa, a fingir, que acaba por se parecer com uma "cidade de bonecas e bonecos".
Os estrangeiros encantados com a nossa "simpatia" (até falamos inglês com eles, mesmo sem saber a língua...), com o Tejo e com o precário das casas, desataram a comprar tudo o que lhes era possível, mesmo que só passassem por Lisboa, um ou dois meses por ano... E outros mais espertalhaços compravam para recuperar e vender (grande galinha de ovos de ouro...).
Até que o governo do Costa fingiu que acordou para o problema e quer fazer uma lei cheia de teorias, que como tantas outras, poucos efeitos práticos terá...
Há já uns bons anos que quando soube que o prédio da imagem (na chamada rotunda dos bancos de Almada), estava à venda, até se falava de se transformar em hotel, depois chegou a andar em leilão - mas segundo parece continua abandonado e sem comprador -, achei que podia ser uma oportunidade para o Município de Almada reduzir o problema, pois ao adquiri-lo poderia acolher cerca de três dezenas de famílias jovens à procura de habitação...
Existem pela certa centenas de prédios como este, de Norte a Sul, devolutos, e que ainda não estão em ruínas, que poderiam alojar milhares de famílias, com as tais rendas acessíveis para quem procura e precisa de casa.
Mas tanto este governo central como os locais, preocupam-se mais em fazer leis que em resolver os problemas reais que afectam as pessoas...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Boa noite
ResponderEliminarAdmito que a habitação é um problema Nacional mas não é esta medida com certeza que vai resolver o problema.
JR
O Estado devia olhar para dentro de si e depois sim, apontar o dedo aos outros, Joaquim...
EliminarFazem leis que depois não são exequíveis.
ResponderEliminarO estado devia começar por recuperar o seu património imobiliário e colocá-lo no mercado por preços acessíveis de acordo com a tipologia.
A grande questão é mesmo essa, Rosa.
EliminarTenho impressão que o Estado nem sequer faz ideia do número de imóveis que tem abandonados, de Norte a Sul. E muitos deles poderiam ser facilmente recuperados e alojar milhares de famílias.
É só demagogia...