Muitos políticos poderiam mesmo dizer, no dia das inaugurações ou da mudança de placas, "eu te baptizo, em nome da minha vaidade e fingimento" (sim, finge-se muito que se muda, quando apenas se altera o nome disto ou daquilo...). O desconhecimento da história e da identidade local faz com que em muitas dessas mudanças se "roube" alguma coisa ao passado, sem que se dê ou acrescente algo ao presente e ao futuro.
Claro que nem sempre esta ânsia de protagonismo e de querer ficar na história, é bem sucedida. O melhor exemplo são os largos e ruas que já tiveram quatro ou cinco donos e mesmo assim, nenhum se consegue agarrar ao espaço. A maior parte das vezes a simplicidade vence...
É por isso que o Largo de Cacilhas, será sempre o Largo de Cacilhas, mesmo que se goste da história de resistência do Alex Dinis ou se pense que o Costa Pinto nunca de lá devia ter saído...
Já quase no final do texto, lembrei-me de um certo político (ainda bem que não sou bom em nomes e não faço ideia se o sujeito era josé ou manuel...), que foi presidente de câmara em Elvas e "baptizou" quase tudo que tinha alguma relevância local com o seu nome.
Será que a sua "vaidade" tem resistido ao tempo? Gostaria muito que não, mas todos sabemos que no nosso país não é muito difícil o impossível ser possível...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Bom dia
ResponderEliminarPodem me chamar o que quiserem mas nunca estive de acordo em mudar o nome da ponte Salazar .
Uma das muitas .
JR
Percebo a mudança do nome dos políticos, porque muitas vezes há um grande aproveitamento de quem está no poder (o autarca de Elvas é um bom exemplo...), Joaquim.
EliminarJá não percebo é quando de trata de alguém que desenvolveu trabalho meritório na sua terra...
Todos os dias por aqui passa, sempre se lhe oferece escrever uma, duas palavras mas nem sempre acontecem, porque os comentários que pensa escrever tornam-se palavrosos e, por vezes, pouco coincidentes com o texto em apreço.
ResponderEliminarMas hoje não pode fugir porque a fotografia remete-o para tempos antigos em que, nascido em Lisboa, sempre gostou de Cacilhas e esta fotografia do Farol, agora tão diferente, - uma Lisboa em fundo remetendo para a querta-feira de cinzas que hoje acontece - remete-o para lembranças/saudades quando, aos domingos, ia almoçar àqueles tão populares restaurantes do Ginjal com, como dizia José Quitério, com a beleza de comer uma caldeirada de peixe olhando as fragatas no Tejo. Lembra-se que o que mais frequentava era o «Grande Elias» e vem à memória, quando se pediam os cafés, a frase de um dos empregados: «e um anizinho para as senhoras e um bagacinho para os cavalheiros».
Apenas podia dizer: «bonita fotografia», como todas as que aqui são colocadas, mas, como disse, é um palavroso.
Essa Cacilhas já não existe, Sammy. Agora todos querem explorar até ao tutano a "teta" do turismo: as refeições perderam qualidade e aumentaram o preço, Sammy...
EliminarSei do que falo. Depois de ter apanhado três barretes seguidos, prometi não voltar a almoçar ou jantar na rua Cândido dos Reis, em Cacilhas.