E tanto se diz isto a nível social como a nível político. Tudo o que fuja à norma, pode ser empurrado com a maior das facilidades, para o lado das "doenças".
Nos últimos anos usou-se a palavra "liberdade" para se ir aumentando a distância entre os extremos da sociedade, transformando-a numa estrada cada vez mais larga e diversa, onde se fica com a sensação de que se pode ser tudo e pode-se fazer tudo...
Posso dar dois exemplos: no nosso parlamento nunca fizeram e disseram coisas, como desde que por lá anda sentada a extrema-direita (esta semana até se ergueram cartazes com a fotografia de uma deputada e baterem os pés no soalho, como fazem alguns manifestantes nas galerias, que são prontamente convidados a sair pelas autoridades...). Na sociedade também se tem tentado fintar a dita "normalidade", ao ponto de se terem inventado nos últimos anos vários géneros sexuais, que não se limitam à nossa condição de homens ou mulheres, querem ir muito mais longe, é só escolher.
Continuo a pensar que isto não tem nada que ver com "doenças", tem mais a ver com a desregulação social, que está refém do mau uso da palavra "liberdade".
Enquanto muitos de nós baixamos os olhos, fingimos virar as costas, metemos as mãos nos bolsos, o volume da "música das mentiras" vai aumentando à nossa volta, tal como o número de dançarinos, que quer é diversão, deixando-se se levar por uma falsa anarquia que os levará à repressão (a história diz-nos que é sempre o que se segue aos períodos onde se usa e abusa da liberdade...).
(Fotografia de Luís Eme - Alcochete)
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