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Acabámos por falar de várias coisas, inclusive de fotografia. Elogiou as imagens que publico aqui no "Largo" e meu olho para o pormenor.
Disse-lhe que à medida que vamos ficando reféns, desta coisa que é fotografar, temos sempre a ilusão de ir ao encontro de algo de novo, aqui e ali. Escolhemos novos ângulos, como se eles fossem a resposta para o que procuramos. E muitas vezes não é...
Contei-lhe que na véspera o meu filho descobrira a minha velha "AE 1" e mostrou-se interessado em dar umas voltas com a máquina, depois de dizer que as analógicas estavam de novo da moda. Sorri-lhe e disse que podiam estar na moda, mas que era mais complicado tirar uma boa fotografia com elas, que não havia nada como o digital para se tirarem belas imagens, graças à possibilidade da repetição e da escolha. No mundo dos rolos fotográficos é tudo mais lento e complicado...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Bom dia
ResponderEliminarNo final dos anos 70 e princípio dos anos 80 trabalhei numa loja de artigos de fotografia e cinema , onde vendi várias máquinas dessa marca e da famosa Nikon . Na altura não tinha possibilidades de ter algo desse género mas gostava imenso de fotografia e comprei uma Yashica 35-ME que ainda hoje a tenho embora não a use com a qual tirei centenas de fotos apenas como amador embora gostasse muito do que fazia .
Há domingos à tarde que passo horas a ver e recordar essas relíquias que me dão um enorme prazer para além da saudade .
JR
Pois é Joaquim. As máquinas eram caríssimas, por isso é que esta Canon veio da Alemanha...
EliminarEra uma aventura,e um ver-se-te-avias de escudos,ir depois para o improviso da câmara
ResponderEliminarescura,gastar papel argênteo mais os líquidos,nas tentativas de mais máscara aqui mais sombra ali,
preciso de um com mais contraste,quase branco e preto,mas ali seria um suave,etc.Antes foram meses de poupança para a manual OM1,manual fazíamos questão.As revistas,os manuais o langford ,lembra-se? Pouco tempo,a família,os putos, e nada me aproxima do
Beaton,do Kertesz e nem penses no tal do momento decisivo.
Arrumei a tralha.Veio o digital décadas depois.
As melhores fotos ficaram na película da memória,hoje também.
Cumprimentos.
Jose
Era muito entusiasmante, mas muito trabalhoso e pouco barato, José.
EliminarMas nada contra quem fotografa e publica.
ResponderEliminarPelo contràrio. Desde o fotojornalista ao fotógrafo como artista,fundamentais,aprecio,aprendo
com todos. Revelam-me de novo as tais "fotos na película da memória",a vida anterior desenrolando-se. E também os crimes de sempre,sempre actuais como vamos sabendo.
Mas uma foto é sempre uma escolha,uma fatia da realidade transformada pela nossa lente.
A foto dita ingénua também o é. Nessa escolha e "transformação" reside o valor do fotógrafo-
Gosto de ver as suas.Lugares conhecidos há mais de meio século,as escolhas.
Reconheci logo a AE1,prioridade à Abertura se não erro.O meu sonho era uma F1 ao invés dos então vigentes---a F3 Nikon.
Obrigado
Cumprimentos.
Jose
Sim, a foto é sempre uma escolha, José.
EliminarE à medida que entramos no "vicio", tentamos que essa escolha seja diferente de todas as outras, é quase procurar o impossível.