A última aconteceu na semana passada. Além dos quadros pendurados pela casa e no sótão (o local de trabalho...), tinha caixas e pastas cheias de desenhos, guardados por temas. Fiquei surpreendido pela positiva. Havia tantas coisas bonitas que ele achava banais...
Sempre achei graça ele referir-se aos seus desenhos como "bonecos".
Talvez possa ser uma defesa, mas eu gosto de pensar que é uma maneira descontraída e engraçada de se referir aos desenhos que faz quando lhe apetece (faz questão de não desenhar todos os dias, mas apenas quando as mãos "lhe dançam"...).
Desta vez falou-me das pastas que estavam mais fora de mão e disse: «Há bonecos que não mostro a ninguém.»
Quis saber porquê. Foi sincero, falou de algum pudor e também de secretismo. Acrescentando: «Há bonecos que fazemos que não são para mostrar. Uns são quase estudos, outros são muito pessoais.»
Foi quando abriu a pasta com alguns dos seus nus. Achei-os um espanto. Foi bom ele ter feito uma excepção.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa, Museu Júlio Pomar)
Não admira. A arte é como um filho e não andamos mostrando os filhos a toda a gente.
ResponderEliminarAbraço e saúde
É sim, Elvira. Excelente comparação. :)
EliminarHá nus na Arte que são belíssimos.
ResponderEliminarTeno uma amiga que os expõe no FB sem qualquer problema.
Abraço
Pois há, Rosa. Belos mesmo.
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