quinta-feira, outubro 15, 2020

Mais "Areia para os Nossos Olhos"...


Foi preciso chegar aos 2101 infectados para o governo "acordar" e resolver "apontar" o dedo, quase num tom ameaçador, para os portugueses, de Norte a Sul.

Podia falar só dos inconscientes, que continuam a viver de uma forma "trumpesca", a recusar a ideia de que o Covid 19 pode ser uma doença séria, organizando festas clandestinas, sem cumprirem uma única regra essencial neste tempo de pandemia. Mas não. Nós todos estávamos a precisar de um "abanão"...

Talvez seja agora que se acabe mesmo o estado de graça, de um primeiro-ministro, que continua a governar, como se estivesse nunca banca de feira, a distribuir "banha da cobra".

É muito triste percebermos que ele e a sua equipa aprenderam muito pouco com a chamada "primeira vaga", da pandemia. Apesar da muita propaganda que tem sido divulgada, nunca se sentiu qualquer melhoria significativa em nenhum sector vital, desde a saúde aos transportes. Não se percebe para onde foram os mais de 4000 novos contratados para o SNS, porque não se melhorou nenhum serviço nos hospitais ou centros de saúde. A linha de Saúde 24 não funciona (são milhares os exemplos de pessoas que contactaram pessoas infectadas, e preocupadas, ligaram para esta linha e nunca tiveram a prometida chamada de retorno...). O aumento da oferta de transportes é outro logro, as pessoas em hora de ponta continuam a ser "obrigadas" a viajar em cima umas das outras. E poderia continuar a falar de outros exemplos, onde não se fez nada para alterar o prevísivel aumento de pessoas infectadas, como os horários de trabalho faseados.

Todo estes governantes que continuam a viver num mundo "faz de conta", são os grandes culpados do aumento do populismo e do avanço da extrema-direita no nosso país.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


5 comentários:

  1. Sammy, o paquete15/10/20, 17:35

    Nem tudo está perdido.
    Quando o país soube que Cristiano Ronaldo tinha sido visitado pelo Corvi-19 e não poderia jogar contra a Suécia, as televisões desde essa hora e até o dia terminar, mesmo no dia a seguir, trataram de nos dizer tudo até aos mais ínfimos pormenores sobre a terrível notícia.
    Mário Castrim, num outro tempo, durante o reino do medo, «quando os frutos amargavam e o luar sabia a azedo», com dizia o José Fanha, chegou a escrever:
    «O futebol, grande senhor da solidão de Portugal, Eusébio sempre é Eusébio, e quando Eusébio tem menisco, todos nós coxeamos»
    Passou assim tanto tempo?
    A solidão é a mesma?

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    1. Nem tudo... mas quase, Sammy.

      A realidade é um "barco" mo qual o Costa e o Marcelo evitam embarcar...

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  2. Onde é que eu assino?
    Abraço saúde e bom fim de semana

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  3. E ainda ninguém se debruçou, a sério, sobre A grande cadeia de transmissão que é a Escola! E eu sei do que estou a falar! Aulas apertadas com alunos lado a lado. Quando a aula acaba, toda a gente corre em magotes para o pátio onde se abraçam, beijam e partilham tlms...depois, vão para casa, de transporte público, apinhados com outras pessoas que regressam dos empregos. Chegados a casa, retiram as máscaras e é fartar vilanagem. Eu sei que as escolas são depósitos onde os pais deixam os filhos para poderem trabalhar. Mas, se não voltarmos a fechá-las, vamos ter uma grande desgraça neste Inverno!
    E os professores que estão envelhecidos e com doenças várias, desde cancros, doenças cardíacas, respiratórias e outras que os colocam em grupos de risco?! Ninguém pensa neles?! É só proteger os Lares?! E quem ainda está no ativo e está sujeito a este contágio? Não merece respeito e proteção?!
    Fechem as escolas! Ponham os miúdos online que eles até gostam e vão ver se os casos de transmissão não diminuem!

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