Olhava-se para as ruas, quase sem gente, cheias de carros adormecidos. Ouvia-se uma música nova, o cantarolar dos pássaros que tinham regressado, dando sinal de que o ar estava mais respirável. Algo que foi confirmado pelos cientistas.
Habitar dentro de um "tempo suspenso", cansa, esgota... Foi por isso que aceitámos que tinham de existir outras maneiras de "combater" o vírus. Voltámos à rua, ao trabalho, em busca de uma "normalidade" que nunca apareceu...
Só os maus hábitos é que começaram a regressar todos, um a um... até aquela miséria que se esconde atrás dos "bancos alimentares" e das "missas", voltou, ainda com mais força. Tal como a "invenção" de mais rendimentos mínimos, para os precários das culturas e afins.
E para não variar, parece que a "salvação" passa pela tradição do Estado em "subsidiar" o capitalismo, cada vez mais selvagem.
É por isso que uma fotografia para retratar este tempo, teria de ser obrigatoriamente, cinzenta...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
O mundo não muda, porque o homem é ambicioso e egoísta. Vive enganado quem pensa o contrário.
ResponderEliminarAbraço saúde e bom feriado
Sim, é difícil mudar, Elvira.
EliminarMesmo nas desgraças e nas tragédias, há sempre quem tente tirar partido das misérias alheias...
A tua bela fotografia é cinzenta, como cinzentos são os dias que vivemos. Voltou tudo ao mesmo, aos maus hábitos habituais. Mas quem acreditou que mudava?
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde, meu Amigo Luís.
Um abraço.
Houve muita gente que acreditou que se podiam reverter algumas situações, Graça...
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