Estas duas fotografias, fresquinhas (têm meia-dúzia de horas), suscitaram-me algumas questões. A mais pertinente foi a velha história de estarmos todos fisicamente no mesmo lugar, apenas fisicamente. As cabeças de certeza que andavam por sítios diferentes...
Olhamos todos na mesma direcção, e o que vimos?
Nunca é a mesma coisa, porque cada cabeça gosta de pensar de maneira diferente. E o Tejo está longe de ser um "jogo de futebol ou de ténis".
O Tejo é apenas a paisagem, o "pano de fundo". Podemos estar longe ou estar perto. Depende da nossa presença ou da ausência...
(Fotografias de Luís Eme - Boca do Vento e Olho de Boi)
Estamos sempre em mudança e, connosco, aquilo que nos rodeia!
ResponderEliminarAbraço
É, mudamos mais do que pensamos, Rosa. :)
EliminarOlhamos todos na mesma direcção, e o que vimos?
ResponderEliminarQuando o sábio aponta para o alto o idiota fica a olhar para o dedo.
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem, o Helder Pinho, no Ginjal, domingo à noite, anos 60, a olhar Lisboa, a citar Brecht, à espera da partida da camioneta que me faria regressar a Tavira para continuar a cumprir a recruta, regresso a um limbo de possíveis e impossíveis, o acender do meu cachimbo, já e pensar numa guerra lá longe, tão estúpida, tão inútil…
Memórias que regressam quando menos se espera, bastando um pedaço do rio para que tudo aconteça, outra vez...
Não deixa de ser curioso, pintaram essa frase num velho casco de barco no cais do Olho de Boi, Sammy.
EliminarO Rio é assim, mais para o bem que para o mal. :)