Nas últimas duas décadas passei sempre a segunda quinzena de Julho no Sul, por necessidade de mudar de ares e saber que ali tínhamos praia todos os dias, em águas normalmente calmas (ao contrário do meu Oeste, onde a frequência do nevoeiro pode ser agradável para quem está de passagem, mas é horrível para quem quer fazer praia, e do verdadeiro mar, cheio de ondas que encontro na "minha" Foz do Arelho...), o que era essencial para os meus filhos.
Este ano o "lay-off" fez com que a minha companheira não pudesse ter férias em Julho e ainda não sabemos muito bem como vai ser o resto do nosso Verão...
Toda esta prosa, porque esta noite, ao ouvir o vento a soprar na rua, recordei o quanto é delicioso, adormecer com o som das ondas do mar...
(Fotografia de Luís Eme - Foz do Arelho)
Tenho escrito tantos disparates que, ao rever o que escrevo, e sempre fui um péssimo revisor, faço de imediato «delete».
ResponderEliminarNestes dias arrevesados nada sai de jeito, limito-me a olhar capas (acabei há pouco de folhear a «Montanha Mágica» do Thomas Mann, quem é que hoje ainda lerá aquelas 749 páginas mas é uma delícia e nunca o achei, ao que dizem, um livro difícil), copiar postais sem selo, por aí fora, e até os comentários – por vezes, é mais um conversar do que comentários) que aqui deixo são coxos, outros nem os faço publicar.
Mas ao ler o texto de hoje, não pude de deixar de lembrar as praias do oeste, as de lá bem do norte, aqueles nevoeiros a prometerem fantasmas, quiçá apaixonados, ou o que quer que seja, e eu que sou de praias fora da época estival, sei que há uma frase que sempre me faz sorrir: «fazer praia».
Porque sou um tipo que vai às praias para se sentar numa esplanada, a ver o mar, a sentir aquele ventinho marítimo, e, por norma, o livro, o jornal, a revista, raras vezes são abertos.
Eu cresci com essas praias, Sammy... A Foz do Arelho será sempre a minha praia.
EliminarClaro que de manhã, a praia era mesmo para quem gostava de andar vestido junto do Oceano. :)
E sim, lê-se cada vez menos livros enormes.
Eu também não comento tanto como devia. Por exemplo quando o Sammy falou de Alves Redol, devia ter dito que estou a ler o seu livro de contos "Nasci com Passaporte de Turista"... Mas depois passou...
Adormecer com as ondas do mar é muito bom! Assim adormecia na minha adolescência que passei nesta casa onde moro agora! Por coincidência voltei para esta casa e é aqui também que a minha filha está a passar a sua adolescência, dei-lhe o meu antigo quarto por ter a janela virada para o mar, mas apercebi-me que devido às obras da nova avenida que fizeram lá em baixo, já não se ouve o barulho das ondas a bater na areia e nas pedras, pois estas desapareceram!
ResponderEliminarEspero que em breve tenha a oportunidade de voltar a adormecer ao som das ondas do mar!
Beijinhos
Eu gosto, Micaela.:)
EliminarTal como adoro o cheiro do mar.
Nas cidades perdem-se os sons e os cheiros...