Iniciaram-se ontem as comemorações do centenário de Amália Rodrigues (dia em que nasceu...), que continua a ser nossa grande "diva" da música, e da cultura portuguesa, graças à sua capacidade vocal ímpar como fadista e cançonetista.
Foi ela que deu a conhecer ao mundo o Fado, que continua a ser "a nossa canção", não só pela famosa saudade, mas também pela melancolia e pelo conjunto de sentimentos, quase sempre tristes e solitários, que evocam a não menos famosa "alma lusitana".
Foi ela que deu a conhecer ao mundo o Fado, que continua a ser "a nossa canção", não só pela famosa saudade, mas também pela melancolia e pelo conjunto de sentimentos, quase sempre tristes e solitários, que evocam a não menos famosa "alma lusitana".
Tive a felicidade de a entrevistar e perceber que era um ser humano demasiado simples, frágil, e até inseguro, para o peso mítico que o seu nome transportava (entrevistei-a para uma rubrica que tinha no "Record", aos domingos, chamada "Contra-Ponto", em que entrevistava uma pessoa do desporto e outra fora dele e tentava falar de coisas diferentes com eles. O outro entrevistado foi o Eusébio, que também era a simplicidade em pessoa, mas percebia-se que nunca se devia ter levado demasiado a sério e demonstrava conviver melhor com o "Mito Eusébio", que a Rainha do Fado com o "Mito Amália"...).
Pessoas como Amália, deviam poder ter "duas peles", "duas vidas", para se libertarem do peso (tantas vezes insuportável...) que o seu nome artístico transporta...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Ela, se calhar, até teve mais do que duas, mas soube escondê-las bem!
ResponderEliminarAbraço
É possível que durante a sua longa carreira, tenham acontecido coisas complicadas, como acontece com todas as pessoas que são assediadas, por todos os lados, Rosa.
EliminarCoisas que só a fragilizaram pela vida fora...