Esta imagem poderia indiciar que eu iria falar do tempo em que as salas de cinema eram "templos do silêncio", onde a própria escuridão nos ajudava a visualizar o filme ao pormenor...
Mas não. Apetece-me falar sim, do poder de síntese do cinema. Mas para o fazer não posso falar do cinema dos nossos dias, porque ele é sobretudo espectáculo, a própria exploração dos efeitos especiais e o uso da tecnologia, acabam por banalizar o trabalho do actor...
Tenho de andar alguns anos para trás, quando os realizadores conseguiam contar a história da vida de alguém, em apenas hora e meia... Hoje talvez tal não seja possível, por isso é que muitos se viraram para as séries televisivas, onde têm muitos episódios, muitas temporadas, para contar a tal história, que acaba por se multiplicar, em nome do negócio...
É também por isso que me apetece louvar o Manoel de Oliveira, que nunca teve a pressa da maior parte dos fazedores de filmes, mesmo que tivesse apenas duas horas para contar uma história...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Sinto uma grande mágoa quando verifico que há cada vez menos filmes com actores (físicos), é quase tudo computorizado (não estou a falar de efeitos especiais).
ResponderEliminarAproveito para homenagear um génio do cinema cuja música conseguiu em certos ou até na maioria dos filmes ser tão grande ou maior que o próprio filme: Ennio Morricone-uma legenda eterna do cinema!
O mundo mudou, e aos olhos da nossa geração, para muito pior, Severino...
EliminarEnnio Morricone merece todas as homenagens. Tanto filme bom com a sua marca musical.
Olá, Agnieszka. :)
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