Hoje de manhã, ainda antes de começar a sentir a atmosfera marroquina, dei uma volta pela cidade. Reparei em algumas portas fechadas e pensei para comigo: "Estas já não voltam a abrir"...
Falo de pequenos cafés (quase "tascos"), impossíveis de funcionar com as restrições de espaço, com a obrigatoriedade de distanciamento social e com as novas regras de higienização. Provavelmente algumas voltarão a abrir, mas serão outras coisas, diferentes dos espaços de convívio.
Muitas das pessoas que agora passam a maior parte do tempo em casa (quase todos nós...), quando puderem voltar a sair para a rua, para voltarem a ter uma vida quase normal, percebem que isso não é possível.
Terras como Almada, com muitas colectividades, quando acordarem deste pesadelo, vão descobrir que a maior parte delas já passou à história (para satisfação dos governantes actuais, que olham para todas as associações, como se estivessem pintadas de vermelho e tivessem nos seus emblemas foices e martelos...).
Pois é... continuarão a receber "convites" quase invisíveis, para irem para casa...
É por isso que eu digo, que já apareceram por aqui muitos vírus, mas nenhum tão fascista e anti-social como este...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
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