quarta-feira, setembro 07, 2016

O Vazio do Dia Seguinte...

Não sei se fica bem chamar-lhe o "vazio do dia seguinte"... algumas horas depois de apresentares um livro ou inaugurares uma exposição.

Funciona quase como uma entrega aos outros. A partir desse momento deixa de ser uma coisa apenas nossa...

Embora, depois ao terceiro dia,  volte tudo a ser quase normal. Mas com os livros ainda é mais estranho. Embora eu não seja daqueles escritores que dizem em entrevistas que nunca mais abriram ou leram um simples linha de um dos seus livros...

Leio todos os livros que escrevo, depois de serem editados e apresentados. Descubro uma gralha aqui e ali, mas nunca fiquei desiludido. Nem mesmo com o meu primeiro livro, imaginem só, um  romance (e único, por alguma razão continua "filho único"...).

(Fotografia de Luís Eme)

4 comentários:

  1. Luís, é uma foto do exterior do Museu do Teatro!

    Já experimentei as duas coisas e tive ressacas diferentes.

    Com as exposições, e recentemente fiz uma, veio a sensação de alívio pela missão cumprida e um certo gozo por ter conseguido ultrapassar barreiras que me permitiram concluir o trabalho.

    Com livros, a conversa para já foi e é diferente.
    Senti um cansaço enorme devido à pressão. Não por recear o bom acolhimento, mas mais por estar a mostrar muito de mim ao mundo.
    Gostei de tocar nessa altura, de reler os textos que me diziam mais... Vontade que em parte adormeceu e que eu ando a trabalhar, mas nada tem que ver com desilusão.

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    1. Acho que tudo depende da nossa entrega, Isabel.

      É possível que outras pessoas sintam coisas diferentes...

      Também nunca senti desilusão, mesmo que soubesse que algumas coisas podiam ter corrido melhor...

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  2. ainda bem que nunca te desiludes :)

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    1. Talvez não ponha a fasquia demasiado alta, Laura. :)

      E sou por natureza optimista. Isso também ajuda.

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