segunda-feira, setembro 12, 2016

A Liberdade não Tem Muros nem Gaiolas...

Há duas coisas que sempre me irritaram e que espero nunca ter ou fazer.

Falo de muros e de gaiolas.

Desce criança que sempre que incomodaram os muros altos (muitos ainda estavam revestidos na parte superior com pedaços de vidro...), que é algo que pouco resolve, já que normalmente desperta ainda mais a curiosidade de quem passa, pois fica-se sempre com a sensação de que alguém está a esconder alguma coisa...

Das gaiolas nem é bom falar... nunca gostei de ver pássaros presos (no Velho Continente é o mais usual, se esquecermos os jardins zoológicos...), sempre me apeteceu abrir-lhe a pequenina portada e convidá-los a voar, porque é para isso que têm asas.

Sei que o muro francês e inglês projectado para Calais não irá resolver nenhum problema humano, quando muito aguçará o engenho de quem não tem quase nada a perder, arriscando ainda mais a vida, fazendo do atlântico um "cemitério de gente", tal como acontece nos nossos dias no Mediterrâneo.

Como já perceberam os cravos da fotografia são só para disfarçar. Não é por usarmos um cravo na lapela que nos tornamos mais livres ou democratas...

(Fotografia de Luís Eme)

4 comentários:

  1. Já a mim irritam os muros baixinhos e a falta de portões, porque quem chega acha que pode entrar como se fosse tudo seu e nem se dá ao trabalho de bater à porta. E também me irrita que estejam aos gritos e aos murros ao portão da garagem, quando a porta da entrada está a 3 metros, e depois ainda reclamem se não se dá por eles. E também me irritam as gaiolas.
    Mas gosto de muros altos, sem vidros, porque gosto de andar à vontade em casa sem marmanjos a aparecerem à falsa fé.

    São gostos. :)

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    1. São gostos, mesmo, Carla.

      Não gosto de muros também porque gosto de olhar até ao longe... à tal linha do horizonte...

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  2. O muro francês e inglês projectado para Calais é uma vergonha sem nome... Não vale de nada indignar-me mas é odioso...
    Gostei dos cravos.
    Um abraço, Luís.

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    1. Claro que tem nome, Graça.

      É a habitual hipocrisia dos ricos.

      Os cravos ficam sempre bem em qualquer coisinha. :)

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