Dos muitos caminhos que escolhemos e percorremos, há alguns que queremos que não tenham volta.
Digo isto sem qualquer carga dramática, porque isso pode acontecer apenas por nossa opção e escolha.
E devo desde já acrescentar que não estou a falar do plano sentimental, mas sim do profissional (embora existam mais parecenças entre ambos do que parece...).
Claro que não são muitas as pessoas que têm a coragem de mudar, deixando para trás uma carreira estável, contrariando a opinião de quase todos, apenas porque acreditam que o sonho também comanda a vida, e que mais importante que o dinheiro é sentirem-se realizados e felizes.
O maior obstáculo a este passo, costumam ser os familiares mais próximos.
Também por isso é que um acto de grande coragem...
(Fotografia de Luís Eme)
são decisões muito complicadas que temos de ponderar muito bem...
ResponderEliminarbeijinho
:)
E que não são boas de tomar em todas as idades, Piedade.
EliminarEmbora a vida por vezes seja pouco contemplativa...
Luís, e quando ficar exige mais coragem do que partir?
ResponderEliminarNo que a este assunto diz respeito, até acho que existem bastantes diferenças entre o plano sentimental e o profissional, muito embora o não bater com a porta de casa possa também ter que ver com o pão para a boca.
Num cenário de situação estável no plano laboral e com encargos fixos a nível mensal, sem que se vislumbre uma fonte de rendimentos se se sair, abandonar o emprego é coragem ou falta dela misturada com inconsciência?
Mais, pode-se manter um emprego que se deteste - eu disse mesmo deteste - e isso não interferir na nossa felicidade. Basta "não viver" aquilo.
Pode-se perfeitamente ser um bom trabalhador e não se gostar do trabalho e nem sequer se gostar de trabalhar.
Há também que não esquecer que existem regras diferentes no sector público e no privado. Sair, mesmo ao fim de décadas, pode significar trazer zero. Coragem?
Muito, muito, havia para dizer sobre isto.
(Lá tenho de responder à mulher dos comentários pertinentes e difíceis...)
EliminarMas eu não estava a falar nesse contexto, Isabel.
Claro que partir muitas vezes pode ser fugir dos problemas, especialmente quando tudo começa a correr mal...
Mas eu estava a falar da coragem de mudar, de deixares de ser engenheiro de qualquer coisa chata, para te tornares por exemplo actor ou músico, porque é mesmo isso que queres ser e fazer. Ou até mesmo jardineiro (há quem ame as plantas ao ponto de fazer isso...).
Claro que há alguma loucura nesta coisa de ir atrás dos sonhos e deixa-se para trás a tal segurança que falas.
É por isso que há idades para mudar. Até porque somos uma sociedade em que as pessoas com quarenta anos são velhas para começar de novo numa profissão...
E se tiveres filhos, dificilmente irás atrás dos sonhos...
Claro que há sempre a possibilidade de "sonhares" nos tempos livres... ou então esperares pela reforma para fazeres o que gostas (embora isso agora seja muito mais difícil...).
Há sempre muitos ques, Isabel. Por isso é que é um acto de coragem, com uma boa dose de loucura. :)