quinta-feira, setembro 08, 2016

O Calor, os Sonhos e as Palavras...

Penso que nem mesmo as pessoas com "costela" marroquina, como a Margarida, deviam estar satisfeitas com estes abusos do tempo, com dias e dias com temperaturas acima dos quarenta graus, o que fazia que quem tivesse de andar na rua, enfrentasse a dureza habitual do "norte de áfrica" (até mesmo os alentejanos sentiram mais dificuldades a dormir a sesta à sombra da azinheira)...

Foi um alívio sentir que era verdade, as temperaturas tinham descido mesmo ontem, e para valores mais normais para esta época.

A Rita telefonou-me a queixar-se da minha ausência, e de nem sequer lhe telefonar. Não serviu de nada eu dizer que praticamente só uso o telefone (móvel ou fixo) para falar de coisas menos pessoais, para confirmar ou marcar coisas, para dar ou receber informações (embora o e-mail seja um bom substituto) de trabalho.


Ela tem toda a razão. O calor não é justificação suficiente para eu andar fugido de Lisboa.

E hoje acordei com um sonho estranho, algo que até costuma ser normal. Foi mesmo sonho, não teve nada de pesadelo. Mas teve aquela parte surrealista em que conhecemos as personagens mas não sabemos o que estamos a fazer em lugares quase lunares, com diálogos sem ponta para pegar. Já não dou muita importância a isso, porque outras vezes acontece o contrário, conhecemos os sítios, mas as pessoas vieram de terras que ficam por trás de um outeiro qualquer, longínquo. 

Foi esta dualidade que me fez querer colocar aqui duas fotos tiradas no Ginjal no domingo, em que há duas barcas, duas cadeiras e dois jovens veraneantes que me deixaram cheio de inveja, com os seus mergulhos rente à Praia das Lavadeiras...

(Fotografias de Luís Eme)

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