A vaidade pessoal regista-se de muitas formas, a mais visível talvez seja a forma de vestir.
Reparo que o meu filho com 16 anos cuida mais do visual que eu. Nunca tive a preocupação de andar na moda, uma das razões que poderia invocar poderia ser o facto do meu irmão (dois anos mais velho...) também não ligar a essas coisas. Mas não será esse o caso, com toda a certeza.
Talvez tenha mais a ver com a época em que crescemos, em que se deitaram fora muitos velhos hábitos (por exemplo o uso de roupa de domingo). A nossa rebelião contra as visitas à missa aos domingo de manhã (bem dita adolescência e bem dito 25 de Abril...) também deu um forte contributo para isso. Ainda se nota hoje que quem visita os templos dominicais tem no roupeiro uma roupa para a semana e outra para o domingo.
Toda esta conversa, porque ao abrir o roupeiro, fiz uma festa ao sobretudo que herdei do meu pai e lembrei-me que pelo menos quando ele era rapaz "casadoiro" se preocupava com a aparência e vestia bem, especialmente ao domingo, o tal dia da missa de manhã e do futebol à tarde. Até por ser elegante.
E claro que gosto que o meu filho tenha mais cuidado com a aparência que eu...
O óleo é de Boris Grigoriev.
Sem comentários:
Enviar um comentário