Eu sei que a coisa começou antes, mas foi com Relvas que se ultrapassaram todos os limites, do razoável. Sem nunca se perceber muito bem por quê, ele conseguiu resistir a quase tudo e a todos. Penso que isso só foi possível por teimosia de um primeiro ministro demasiado comprometido com quem quase o "levou ao colo" até à chefia do governo.
Infelizmente nunca mais saímos deste registo.
Como é possível manter tanto tempo um Crato, um Manchete como ministros, com tantos sinais dados de incompetência?
E sempre com o presidente da república em silêncio (mais outro comprometido, sabe-se lá com o quê)...
O pior é que estes exemplos têm-se multiplicado nas autarquias, mas empresas e até nas ruas. Parece que toda a gente se acha com legitimidade para "dar cantadas", oferecendo o que não pode dar, como se a mentira fosse um trunfo e não uma vergonha, em qualquer negócio.
Mas quando os exemplos vêm de cima, não há volta a dar...
Não é só no campo económico e financeiro que o país vai demorar anos e anos a recuperar. Quando a ética e a honra deixam de ser valores a ter em conta numa sociedade, provocam uma crise social que não é menos importante que a económica e financeira.
O óleo é de Romano Berteli.
Não sou muito saudosista do passado.Até porque ele teve muita coisa má. Mas tenho saudades do tempo em que a palavra de um homem, valia tanto como um documento firmado em cartório.
ResponderEliminarUm abraço
estes tempos precisam de um novo rumo, Elvira.
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