Quase que não falámos dos incêndios. Era tudo demasiado trágico para estarmos a "bater na realidade"...
E depois houve uma senhora, numa mesa ao lado, ligeiramente mais nova que nós, que teve um daqueles desabafos que não nos foi indiferente: «Se não tivesse amor próprio, há tanto tempo que estava na sarjeta...»
O Gui aproveitou aquela frase para falar da força que as mulheres têm de ter, para se levantarem todos os dias da cama e irem "lutar contra o mundo" que gosta tanto de as subalternizar.
E depois aproveitou para dizer que a irmã ia cometer um erro, porque o gajo que ela escolheu para casar gostava mais de "ferraris" que de mulheres. Perguntei-lhe se ele falou com ela. Disse-me que não. Não fora preciso, a irmã do meio tinha se dado a esse trabalho. Para nada, como é normal.
Ainda lhe disse, se não era isso que acontecia com quase todos nós, fartarmo-nos de escolher para fazermos quase sempre a escolha errada. Sorrimos, claro.
Depois reparámos que na mesa ao lado, as duas mulheres que também tinham dado pela nossa presença, agora sorriam à vida.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Já que erramos tanto, o melhor é nem perder tempo a escolher! 😀
ResponderEliminarAbraço
Mas nós gostamos de "navegar no erro", Rosa. :)
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