segunda-feira, agosto 11, 2025

Problemas que existem mas, que, com uns truques (quase de magia) "deixam de existir"...


Até podia ser o refrão de uma canção, este título que escolhi, quase com o ritmo da "bossa nova".

Mas é a definição de uma forma de fazer política destes tempos modernos, levada ao extremo pelo Governo de direita do nosso país, com a cumplicidade das redes sociais e de um jornalismo cada vez mais subserviente e com menos capacidade de se ver ao espelho.

Eles perceberam que se inventarem um "não problema", que seja dito por alguém com poder (as ministras do trabalho e da saúde são boas a desempenhar este papel...), este acaba por esconder os verdadeiros problemas que afectam o país, pelo menos durante semanas.

Claro que nem tudo lhes corre bem. Como têm tiques autoritários e revelam mau perder, quando as coisas não correm como esperavam, quase que sopram pelos ouvidos. Foi o que aconteceu com a nova lei da imigração, que depois de fiscalizada pelo Tribunal Constitucional, volta ao Parlamento. Esse "mau perder" revela-se nas acusações contra os juízes que votaram maioritariamente contra, a passos de serem considerados uns "perigosos esquerdistas", quando apenas se limitaram a fazer cumprir a nossa Lei maior...

E entretanto, não se fala da saúde, da limpeza que não se fez das matas (nem sequer em volta de casas e de aldeias...) ou das casas que não se constroem... 

Como também se costuma dizer, é "fácil empurrar os problemas para canto". Pois é, os votantes das direitas, mesmo que não passem de uns "pobretes e alegretes", até são capazes de desculpar estes governantes, por fazerem o mesmo que eles...

É por causa desta gente, que me apetecia acabar estas palavras com um palavrão, que caracteriza "alguns portugueses", que parecem sempre mais do que realmente são...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


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