sexta-feira, agosto 08, 2025

Estou farto de saber que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, mas...


Dei uma volta grande pela cidade, para finalmente chegar aquele lugar, mais oriental.

Depois foi entrar e descobrir a recepção e uma senhora que era segurança (a farda não engana...), fazer a pergunta, querer saber de fulano tal, e a mulher não fazer ideia quem era o senhor, mesmo que fosse ele o "pai e a mãe" daquela instituição.

A senhora já não era uma jovem, nem tinha qualquer sotaque, que a levasse para o território imigrante. Insisti, até lhe fui dando alguns pormenores biográficos. Percebi que dali não levava nada pelo que perguntei se não havia ninguém da empresa que me pudesse ajudar. Que não, já não estava lá ninguém da administração. Sei que Portugal é um país especial, é sexta-feira e o relógio indicava 12 horas e 12 minutos. Pois é, há sempre quem faça fins de semana prolongados, especialmente num Agosto quente e que não tenha um horário de trabalho das nove às cinco...

Quando me preparava para ir à minha vida, eis que apareceu uma senhora por ali, a quem a funcionária fez a "pergunta sacramental".

De repente o mundo deu uma volta e fiquei a saber o que queria. Sim, o mundo voltou a ser "simpático e culto"...

Já na rua, fiquei a pensar que a senhora não tinha culpa da "inutilidade" e da sua "irrelevância", porque era segurança e não recepcionista. Estava ali para não deixar "entrar bandidos" e não para dar informações sobre o histórico da instituição.

Nada que eu não soubesse. Pois é, estou farto de saber que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. 

O problema, é que estamos sempre à espera de ser surpreendidos, pela positiva, neste nosso pequenino país...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


Sem comentários:

Enviar um comentário