Tenho poucas dúvidas de que esta continuidade se deve também ao pouco interesse desta mostra de fotografia memorável (não conheço nenhuma com tanta capacidade para contar apenas com imagens a história da Revolução e do PREC...).
Sérgio Tréfaut já falou, mais que uma vez, na dificuldade que teve em fazer com que esta exposição passasse do papel para a parede, dos sonhadores para o público. Até o Presidente da República, normalmente tão solicito, lhes deu "sopa"...
Visitei a exposição três vezes, com a sua continuidade, é possível passar por lá, pelo menos mais uma vez. Desta última vez, gostei de me cruzar com dezenas de pessoas a olharem os bonitos retratos a preto e branco (a cor aparece para ser a excepção que confirma a regra).
Não posso esquecer o papel do Sérgio Trefaut e à Margarida Medeiros (que já não teve a possibilidade de assistir a um sonho que se tornou realidade...). E sobretudo, a teimosia. Sim, tanta coisa que não se fazia neste país, se não existisse uma dúzia de teimosos, que quando mais os contrariam, mais eles lutam pelos seus objectivos (eu também já fui assim...).
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
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