Além de sermos um país cada vez mais desigual, também caminhamos cada vez mais para a descaracterização e para o e desequilíbrio, de Norte a Sul.
Talvez a saúde seja a maior vítima deste "desnorte" governativo, por atingir directamente as pessoas. Percebo que quem vive em cidades pacatas do litoral não tenha problemas com o Serviço Nacional de Saúde. Mas o mesmo não se passa no interior (voltou-se a morrer em casa, nas aldeias isoladas, porque as cidades voltaram a ficar distantes...) e em redor das grandes cidades.
Eu normalmente falo das realidades que conheço. E devo viver na região mais afectada em termos de cuidados de saúde. Sim, somos mais de 300 mil pessoas que vivemos nos concelhos de Almada e Seixal e continuamos a ter apenas um hospital, com cada vez mais limitações. E não vale a pena falar dos Centros de Saúde ou Unidades Familiares, porque além da falta de pessoal, falta-lhes organização funcional (as pessoas são quase sempre empurradas para as urgências onde passam horas e horas, para desespero dos próprios e também do pessoal médico...).
E nem era preciso muito para que esta situação tivesse sido resolvida nos últimos vinte anos. Bastava retirar uma parcela pequena do dinheiro que entregámos aos bancos e à TAP...
Claro que se fosse o PSD que estivesse no poder, as políticas não mudavam para melhor, pelo menos para quem vive com mais dificuldades (muito menos as trapalhadas...). E até era bem possível que metade dos nossos hospitais já fossem privados...
É por isso que o nosso país começa a não ser para quase ninguém. Claro que há excepções.
Como de costume, quem vem de fora continua a ter um tratamento diferenciado, quer seja através dos famigerados "vistos Gold" ou das reduções fiscais para os reformados da europa rica, que querem disfrutar do nosso Sol o ano inteiro.
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
E o 1°.ministro tem obrigatoriamente de esclarecer o caso da vampira Isabel dos Santos.
ResponderEliminarPela sua reacção, de levar o outro Costa a tribunal, disse-nos que é mentira, Severino.
EliminarAgora é preciso saber quem é que de facto está a mentir...