Álvaro Cunhal, entre muitas das coisas que escreveu nesta obra, há uma observação que parece ter sido levada em conta nesta escolha, que transcrevo:
«O mais frequente (e a regra) é que a ideologia burguesa influencia mais os intelectuais que os operários e que a participação determinante dos operários na Direcção assegura maior solidez de princípios do que a participação determinante de camaradas de outras origens sociais.»
Provavelmente, é por isso que há a tentativa de escolher alguém próximo do mundo dos trabalhadores. Até porque se percebe, que os tempos que se avizinham, "vão ser de luta", tanto nas ruas como nas fábricas (as que resistem)...
A realidade diz-nos que o PCP continua a não se deixar "manobrar" pelo exterior. Mas gostava que João Ferreira ou João Oliveira (os "escolhidos" pela comunicação social para render Jerónimo de Sousa...), quando fossem questionados sobre esta escolha, em vez de se defenderem, com algum lugar-comum, dissessem o que pensam, mesmo, sobre este "render da liderança"...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
É verdade. Eu nunca tinha ouvido falar nele. Sempre pensei no João Ferreira.
ResponderEliminarAbraço, saúde e boa semana
O PCP é um partido diferente, Elvira...
EliminarTambém nunca tinha ouvido falar de Paulo Raimundo. Mas o Partido Comunista deve ter as suas razões para o ter escolhido para substituir Jerónimo de Sousa que me perece que sempre foi respeitado. Vai ter trabalho pela frente o novo líder.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde, meu Amigo Luís.
Um abraço.
Claro que tem, quer um Operário para defender operários, Graça.
EliminarDuvido é que tenha o carisma e a simpatia natural do Jerónimo, que será o mesmo culpado da queda do Partido nos últimos anos...
Mas óh Luís, ainda haverá operários (com sentimento operário)?
EliminarMuito pertinente o teu comentário, Severino.
EliminarHá toda uma encenação do PCP em volta dos operários, gente que normalmente faz a vida como funcionário do partido, têm menos de meia dúzia de anos como trabalhadores em fábricas ou serviços. E depois, é o querer diferenciar quem andou e quem não andou na universidade (que parece não ser bem vista para o PCP).