Acabámos por "desmontar", a trilogia, que continua a ter tanto peso na extrema-direita (basta olhar para este Brasil, tão dividido, onde os apoiantes de Bolsonaro exaltam quase sempre, "Deus, Pátria e Família", passa-se o mesmo com o líder do Chega...), apostando na ignorância e no misticismo, com as meias-mentiras do costume.
A primeira coisa que me fez afastar da Igreja Católica foi a "traição" aos princípios humanistas de Jesus Cristo. Ele esteve sempre ao lado dos pobres e desfavorecidos, ao contrário dos papas, bispos e padres deste mundo, que sempre usaram e abusaram do seu poder (os crimes sexuais são apenas uma de muitas manchas que ficam de séculos de exploração e de abusos...).
Claro que esta "traição" nunca foi foi inocente. Desde cedo perceberam que só poderiam manter o seu "poder divino" e os seus privilégios sociais, se estivessem ao lado dos poderosos. E foi o que fizeram (e fazem...) no mundo inteiro.
Não foi por acaso que a Igreja Católica esteve sempre ao lado de Salazar. E mesmo depois do 25 de Abril, ao perceberem que a democracia só lhes iria retirar poder e desvalorizar o seu papel social, participaram activamente na "contra-revolução", a Norte do Tejo. Até chegaram a aconselhar o voto aos seus fiéis, nas homilias dominicais...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
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