Falávamos de livros, daqueles que percebemos à segunda página que não nos vão levar a lado nenhum. Mas insistimos em ler, apenas porque sim.
Foi quando eu disse que «já não é tempo de ler livros maus...»
E não é mesmo. Há tantos livros e autores que me deviam acenar das estantes, que ainda não sabem qual vai ser o seu futuro próximo...
Talvez fosse por isso que voltei à poesia de José Gomes Ferreira ("Poesia VI"), que tem sido tão inspiradora... Mesmo com coisas simples que fingem não querer dizer nada, mas que entram dentro de nós, como este poema:
(Acordei cansado de ser mais pequeno do que sou.)
Hei-de pedir a um assassino
que mate em mim o poeta
farto deste destino
de lua preta.
Sim. farto, farto do Sol de lama no poço
e desta tortura
de querer ser o esboço
de deus em miniatura.
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
Também gosto muito da poesia do José Gomes Ferreira.
ResponderEliminarOntem comentei o post anterior. Não vi lá o comentário. Estará no spam?
Abraço e saúde
(estava, Elvira)
EliminarZé Gomes é um dos meus poetas, Elvira.
Este vem mesmo a calhar para o que sinto agora !
ResponderEliminarHá dias estranhos, Maria...
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