A liberdade chegou a todo lado, até às nossas casas... e com alguma naturalidade foi sendo desmontada a figura do "chefe de família", que a pouco e pouco foi deixando de ter a importância e influência que tinha, até na decisão do futuro dos filhos (era normal os pais escolherem a profissão dos filhos e até terem uma palavra a dizer no casamento...).
As dificuldades do dia a dia em relação ao presente e ao futuro, também faziam com que existisse alguma dependência, até mesmo nos conselhos recebidos (as grandes decisões eram partilhadas e decididas em família...).
Tudo isso foi mudando, ao ponto de se desvalorizar, cada vez mais, a "experiência de vida" e a "sabedoria acumulada" ao longo dos anos (isto acontece também a nível profissional, onde alguém com 50 anos, já é considerado velho...).
Talvez por recordar com saudade as muitas coisas que o meu avô me ensinou, mesmo sem se aperceber, não concordo com o tratamento que alguns filhos dão aos pais, especialmente, quando eles ultrapassam os 70 anos. Quando são contrariados, é normal dizerem que os país "já não dizem coisa com coisa", ou então, que estão "completamente ultrapassados"...
Por continuarmos a caminhar a passos largos para a "desumanização" da sociedade, não aceito que as pessoas com mais idade sejam quase tratadas como "lixo", quando deixam de servir e só dão trabalho, "deitam-se fora"... ou seja, internam-se em asilos...
Esta talvez seja a consequência mais grave, do "empurrão para um plano secundário da 'Família' "...
(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)
Nem todas as famílias agem assim!
ResponderEliminarAbraço
Claro que não, e ainda bem, Rosa.
EliminarPor vezes é difícil ter um idoso, que está dependente, em casa porque toda a gente trabalha ou estuda....
ResponderEliminarClaro que é, Maria. Viver não é fácil...
EliminarMas falo em que se "vê livre"...
Bom dia
ResponderEliminarMais um texto para muita boa gente refletir .
Claro que nem todos tratam os pais velhos como cotas, mas que alguns já não ligam ao que eles pensam e dizem é uma verdade mas não se esqueçam que também lá vão chegar.
JR
Esse é outro problema, o nosso déficit de memória, Joaquim...
EliminarE se a vida quiser, todos chegamos lá.