sexta-feira, novembro 06, 2020

Um Mundo com a Cabeça no Ar (aliás, nas redes sociais)


Vou voltar a falar dos meus filhos, porque, tal como a maior parte dos jovens da sua geração, conhecem o mundo graças às viagens que fazem nas "redes sociais", onde nem sempre o que "parece é".

Mesmo que eu lhes diga que é importante não acreditarmos apenas numa história, que as versões únicas são do mais perigoso que existe, porque não há apenas uma história sobre cada pessoa, cada povo ou cada lugar, sinto que não ficam muito convencidos.

Sei que tenho uma visão das coisas ligeiramente diferente do comum dos mortais, porque tanto o jornalismo como a história, foram-me tornando ainda mais céptico, em relação ao mundo que nos cerca. O normal em mim é "questionar" (o que também faz de mim um "chato"...)

Mas incomoda-me muito que as pessoas não usem a cabeça para pensar...

(Fotografia de Luís Eme - Nazaré)


4 comentários:

  1. O meu filho, que já está na casa dos quarenta, quando questiono algum comportamento diz-me que há sempre várias versões para cada situação desde que haja mais do que uma pessoa envolvida no assunto e até só com uma pessoa.
    Um dia os seus filhos tornar-se-ão tão realistas como o pai!

    Abraço

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    1. pois é, Rosa, diz-se que são coisas da "lei da vida". :)

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  2. Essa questão das coisas que parecem uma coisa e depois são outra ( passe o pleonasmo) é deveras interessante. Muitas vezes vemos na net fotos de sítios lindíssimos e, quando lá chegamos, temos uma desilusão. Lembro-me muito bem duma viagem que fiz à Noruega para, entre outras coisas, ver os grandes fiordes que eram sempre apresentados como a última maravilha da terra. Quando, finalmente, me meti num barco e os comecei a explorar fiquei desiludida! Acabei por achar muito mais graça aos fiordes mais pequenos....
    Na net os grandes eram uma maravilha! Na vida real, nem tanto!
    As auroras boreais é que são fantásticas!
    Mas tem de dar tempo para que os seus filhos se habituem a ter deceções. Também fazem parte da vida!

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    1. Mas isso também acontece por se "saber vender o produto", e escolher coisas tão boas (que até podem ser irreais...), Maria. :)

      Outras vezes somos nós que somos demasiado exigentes...

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