domingo, novembro 29, 2020

O Amor é Muito mais que Isso...


"Fechados em casa", vamo-nos cansando de tudo. Quem vive em família, ainda tem outro dilema: respeitar o espaço do outro. Ou seja, ser ainda mais selectivo nas opções mais sonoras (desde o ver televisão ao escutar uma música das que gostam de ecoar pela sala...).

Sim, que essa coisa de se fazer "ligação directa" ao amor, através do gosto pelas mesmas canções e pelos mesmos filmes, é mesmo uma coisa da poesia. Sabe bem vermos um filme no sofá, aconchegados, com olhares cúmplices, ou sorrir com a música que invade a sala... mas o amor é muito mais que isso.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


10 comentários:

  1. Sim, Luís, o amor é muito mais que isso, mas também é isso. E não só os poetas que o dizem...
    Cuida-te bem.
    Um abraço.

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    1. Sim, Graça. Mas muitos poetas conhecem um mundo um pouco melhor que este que habitamos. :)

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  2. Esse é um dos muitos problemas da pandemia. Não será o mais grave, como é óbvio, mas tem muito que se lhe diga. Quem está em teletrabalho tem de partilhar o mesmo espaço 24 sobre 24 horas. E isso é duro! Eu, confesso, que não estava habituada. Saía de manhã cedo e chegava pelas 15h. Tinha a casa toda só para mim até às 21h +/-. Era uma maravilha. Com uma relação de 17 anos, este espaço temporal diário era-me essencial. Agora.....vamos ver o que o futuro vai trazer : se coisas boas, ou más!

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    1. E quem tem filhos ainda em casa, torna tudo mais estranho, Maria. Viver numa vivenda com jardim ou numa quinta talvez ajudasse...

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  3. Sammy, o paquete29/11/20, 14:04

    Ao que nos leva estes dolorosos tempos pandémicos, a longa história dos amores de cada um, podia olhar-se o crepitar de uma lareira, mas não, olhamos o frio écran televisivo…
    Um narrador: «Amo, logo estou em perigo», ou Eduardo Lourenço, olhando os nevoeiros de Vence: «Uma história de amor são sempre três pessoas mesmo que a terceira não exista», o King Kong morrendo de amor no alto do Empire State Building, aquele grande livro de Gabriel Garcia Marquez, «Amor em Tempo de Cólera», um homem apaixona-se por uma mulher que acaba por casar-se com outro, mas fica à espera dela, contabilizando o tempo, tantas horas, tantos minutos, tantos segundos…
    Não se ama alguém que não vê o mesmo filme, ou não ouve a mesma canção.
    É isso?
    Talvez antes as palavras finais de «As Asas do Desejo» de Wim Wenders:
    «Porque, lá bem no fundo, não deixamos de ser crianças, em vestes de adultos,
    Porque, lá bem no fundo, não deixamos de querer viver,
    Porque, lá bem no fundo, queremos aquilo que não temos,
    Porque, lá bem no fundo, temos saudades do que deixámos de ter.»

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    1. Leva-nos a tantos lugares, Sammy... Dentro e fora dos filmes.

      Acho que nunca houve tanta gente a aperceber-se que a televisão é uma porcaria.

      E o amor, só podia ser tão estranho como nós, que amamos...

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  4. Luís, o seu blog foi considerado pelo meu anti vírus um site inseguro. Veja se consegue resolver o problema!

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    1. (penso que já voltou a ser seguro... deve ter a ver com os "cookies", esses animais estranhos que passam a vida a na net).

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  5. É bem verdade Luís. O amor é muito mais que isso, embora também não deixe de ser isso, que o amor é muito complexo. Tão complexo que normalmente morre de saudade com a ausência de um dos intervenientes, e morre sufocado quando os dois estão juntos 24 sobre 24 horas.
    Abraço, saúde e boa semana

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    1. Pois é, o amor é tanta coisa, Elvira, boas, mas também das outras que fazem doer.

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