Para quem não saiba, este é um dos bairros do Concelho de Almada mais problemáticos a nível social. E como se isto não bastasse, uma boa parte dos seus apartamentos estão longe de oferecer condições dignas de habitabilidade.
Pois parece que se "salva" a vista, tão boa que é capaz de esconder tudo. Ao ponto de ser "invejada" e "desejada" por Inês Medeiros...
Isto pode levar-nos para muitos caminhos. Até podemos viajar até ao século XIX, em que muitos artistas (pintores, poetas e romancistas) viajavam até Almada, para olharem Lisboa, com olhos de ver. Muitos deles disseram inclusive que a única coisa que se aproveitava em Almada era a vista para Lisboa, através dos seus miradouros, quase todos naturais. E tinham razão, a pobreza de então dos almadenses estava espelhada nas ruas da então Vila e pertencia a um "mundo" demasiado distante do seu.
Hoje mais que os miradouros, inveja-se a vista de muitas casas de almadenses (a minha também olha para o Tejo...). E acredito que muito promotor imobiliário, se pudesse, "implodia" o bairro do "Picapau Amarelo" para construir naquele lugar "abençoado" pela vista para o Tejo, dezenas e dezenas de condomínios de luxo...
Pobre gente esta, que não percebe que o Tejo (aliás, fingem que não percebem), apesar da sua beleza, está longe de ser "tudo"...
(Fotografia de Luís Eme - Monte de Caparica)
E porque não vai?, não lhe perguntaram?
ResponderEliminarLuís, é incómoda tamanha "inocência" no discurso político.
Não sei se é inocência, Isabel.
EliminarAcho que é mais sobranceria e estupidez natural...
E ainda fica pior quando ela diz que o que disse está descontextualizado...
Que se saiba apreciar e dar valor à beleza. Sem se ignorar a pobreza. Para que não existissem tantas desiguladades. O essencial seria destribuir, corretamente, a riqueza.
ResponderEliminarAfinal parece que o Sol não é para todos, Eduardo... Tal como o Tejo.
EliminarDigamos que, politicamente, a personagem não tem nada dentro da cabeça.
ResponderEliminarA culpa não lhe pertence completamente, mas a quem a colocou nestas andanças.
Há muito que, em matéria de cultura, de política, estamos na estaca zero.
Já não há lugar para o susto.
Calçamos as pantufas, sentamo-nos frente ao televisor, brincamos com o telemóvel, dizemos que vivemos.
O título dava outra discussão. O Tejo ainda é tudo. O Vitor Silva Tavares desde a Rua das Madres, na Madragoa, via-o para lá das antenas de televisão. E isso acriciava-lhe os dias.
A vaidade cega, Sammy.
EliminarHá por ai muito boa gente que queira ser "presidente" de qualquer coisa, sem sequer se preocupar no que se está a meter...