domingo, janeiro 21, 2018

O "Tempo Dourado" para quem Gosta de Falar e Escrever sem Pensar...


Somos cada vez mais um mundo de extremos no campo das palavras, com demasiada gente a escrever e a falar sem pensar. Não vou culpar o facebook ou o twiter, porque sei que são apenas instrumentos ao nosso serviço, tal como as armas, que só muito raramente disparam sozinhas (sempre devido ao nosso descuido...).

Qualquer tema pertinente dá uma ou duas voltas ao mundo, antes das pessoas pararem para pensar ou reflectir, sobre o que é realmente importante (quando param, pensam ou reflectem...).

Vou só focar dois casos, um interno e outro externo, em que os excessos cometidos pela comunicação social e pelas redes sociais conseguem fazer com que pessoas normais sintam vontade de apoiar "vilões", pela forma como são perseguidos e tratados. 

Sócrates se não tivesse sido preso da forma humilhante que foi (para um ex primeiro-ministro) e acusado de todos os "males do mundo", despertando ódios inimagináveis de Norte a Sul, não teria gerado tantas dúvidas, e até simpatias, à sua volta...

Com Woddy Allen está a passar-se uma história similar nos Estados Unidos da América, embora com contornos diferentes. Há uma lista de actores e actrizes cada vez maior, que dizem que nunca mais trabalham com o realizador, devido às notícias tóxicas que destacam o seu passado de "violador" (na própria casa...). Algo que se fala há mais de duas décadas - pelo menos desde a sua separação com Mia Farrow - e que nunca foi provado.

Se com Sócrates sempre mantive uma posição equidistante, embora pensasse que era humanamente impossível ele ser culpado de todos os crimes que lhe são imputados (só se fosse bandido a tempo inteiro, mas como nos intervalos governava o país...), com Woddy Allen, tenho uma posição diferente. Se fosse actor famoso, era capaz de dizer que estava disponível para trabalhar com o realizador no seu próximo filme...

2 comentários:

  1. Agora estão todos sob suspeita... Sem provas não é para dar ouvidos...
    Uma boa semana, Luís.
    Um abraço.

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    1. São uns tempos em que mistura tudo, Graça.

      Parece que só há um "saco de gatos"...

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