Achei curiosa a transcrição de uma das cartas do D. Filipe I (o primeiro invasor espanhol...), que encontrei no meu "arquivo", numa crítica literária de Alexandra Prado Coelho, publicada no suplemento "Ipsilon", a 14 de Março de 2008:
«Indispensáveis para
compreender a personalidade de Filipe I de Portugal (II de Espanha) são as
cartas que escreveu às filhas durante o tempo que passou em Lisboa, depois de
se ter tornado rei de Portugal.
Aí descreve a sua vida
na cidade, conta detalhes domésticos, fala de trivialidades e releva o quanto
gosta de estar em Lisboa. Durante as Cortes de Tomar, por exemplo, comenta:
Querem vestir-me de brocado, muito contra a minha vontade, porque dizem que é o
costume nestas paragens”. E noutra carta: “Atravessámos o rio para vir para
Almada, onde tenho uma casa muito bonita mas pequena, e de todas as janelas
vê-se o rio e Lisboa, e os barcos e as galés”.
Estas cartas reforçam a
imagem que Kamen (Henry) dá a Filipe, um governante que “não pensava em termos
de um grande plano” e cuja maior preocupação era “manter tudo a funcionar
bem”.»
O mais curioso é tentar descobrir onde fica essa "casa muito bonita, mas pequena, e de todas as janelas vê-se o rio e Lisboa, e os barcos e as galés". Sei que este "pequeno" tem muito que se lhe diga, pelo menos para um rei...
(Fotografia de Luís Eme - a Casa da Cerca em Almada)
E que bonita que é, Luís!
ResponderEliminarA Casa da Cerca é das coisas mais bonitas de Almada, Isabel. :)
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