Foi sobretudo o seu gesto, quase a esconder o decote, que nem era dos mais ousados, que me fez olhar. E sobretudo pensar...
Apesar de já não ir para novo ainda não consegui perceber esta coisa de se sair de casa com roupa curta, que o próprio espelho deve dizer de sua justiça, antes de se "desafiar o mundo".
Isso acontece com as mãos (sempre as mãos...) a taparem e a destaparem o decote, ou a puxarem a saia para baixo, quando ela insiste em ficar cá por cima.
Ainda não percebi (a sério...), se tudo isto é um número, ou se há mesmo desconforto por causa dos olhares, que querem sempre ver mais longe...
(Fotografia de Luís Eme)
Luís, julgo que há duas razões: querer chamar à atenção e sentir-se incomodada com o olhar dos outros. Mas presumo que prevalece a primeira razão.
ResponderEliminarCom as blusas ou vestidos cai-cai, que não ficam bem a (quase) ninguém, então é terrível. Fica muito feio estar a puxar-se para cima. Já ouvi homens a dizerem que acham esse gesto muito irritante.
É muito importante sentirmo-nos confortáveis com aquilo que usamos. Para isso é preciso que antes de se sair de casa se pense em que sítios e circunstâncias se irá estar e com que pessoas se prevê encontrar.
Por exemplo, acho que é de imenso mau gosto usar um decote vertiginoso quando se vai encontrar-se pela primeira com um homem em local público (até outras vezes que não a primeira), que qualquer que seja a intenção, esvai-se a elegância e outros predicados que lhe estão associados.
Outra face da mesma questão.
É a atitude que se tem, o saber estar na sua pele, que marca de forma significativa a interpretação que se faz da pele à mostra.
Pegando no exemplo dos decotes, um homem percebe muito bem quando o decote mais ousado é para o seduzir e levá-lo mais além, ou se é porque a mulher gosta de se ver assim e que os outros a vejam assim, num jogo de estética e de sedução que se esgota aí.
Também é extremamente deselegante que um homem não saiba ver/apreciar discretamente, não saiba descolar o olhar.
Tu explicas quase tudo, Isabel. :)
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