terça-feira, fevereiro 28, 2017

Continuação - Louvor aos Raros (Neste caso Raras...)


(Para a Ana e a Margarida)

Escrevemos também para sermos injustos, porque nos esquecemos da capa de "justiceiro" em qualquer parte e também porque acabamos por ignorar as belas excepções.

Quando falei dos funcionários públicos, tinha a "mira" apontada para meia-dúzia de trastes, que juntam três coisas que detesto (a incompetência, a bufaria e a graxice) ao seu ritmo de trabalho, que pede meças às tartarugas.

E sim, sei que os chefes é que têm a culpa, Isabel, porque além de não saberem mandar, também raramente arregaçam as mangas e dão o exemplo. Muitos preferem ficar fechados no seu gabinete a "inventar mundos" e a preparar "reuniões surrealistas" (sei o que são, já participei em uma ou duas...), com chefes ainda mais altos, onde é possível comunicar com as nuvens e discutir o sexo dos anjos e também de algumas secretárias, ao mesmo tempo que fingem que fazem o mundo avançar...

Mas eu queria falar das excepções. E não posso deixar de falar das "duas miúdas do museu" que com o seu exemplo conseguem desmontar todo o anedotário que persegue os funcionários públicos. Elas fazem milagres, com simpatia, inteligência, capacidade de trabalho, e uma coisa, que eu acho que se chama, tacto feminino.

(Óleo de Emilie Claus)

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