Embora ainda não tenha passado por nenhuma das duas exposições que nos mostram uma boa parte do expoente do modernismo do começo do século passado, através de Amadeo Souza-Cardoso e de Almada Negreiros, em Lisboa, acho muito bem que se festeje a arte destes dois amigos e extraordinários artistas plásticos. Um morreu cedo demais e o outro atravessou todo o Estado Novo, para quem trabalhou e por quem foi aceite, apesar de ser um provocador...
E por falar em exposições, há um acontecimento que merece sempre ser relembrado: a forma como Almada defendeu Amadeo na abertura de uma sua exposição na Liga Naval, em 1916. Quando um quadro do amigo é cuspido pelo público Almada defende a arte ao murro, dizendo para quem o quis ouvir: «É mais importante a descoberta da pintura de Amadeo do que a do caminho para a Índia, porque a Índia foi há quatro séculos.»
(Óleo de Almada Negreiros)
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