Olhámos-nos uma, duas, três, quatro vezes.
Uma vez ficamos presos num olhar um do outro pelo menos uns cinco segundos, uma eternidade que me fez desviar o olhar.
Depois houve alguém que me veio buscar e andámos a deambular pelas paredes da exposição, à procura de coisas que gostávamos (e também das outras...). Minutos depois olhei em volta e percebi que tinhas desaparecido.
Já de regresso a casa consegui encontrar o sítio onde pertencias, há quase trinta anos. Pois foi, foste namorada do meu irmão. Como sou péssimo em nomes, não te consegui oferecer um nome.
E perguntei-me, por que razão não nos aproximámos, para trocarmos algumas palavras e ver se encontrávamos o Norte.
Foi nesse momento que me senti estúpido.
A fotografia é de Frank Horvat.
Às vezes, cruzamos-nos com alguém que sabemos não nos é estranho, mas não conseguimos recordar quem é.
ResponderEliminarNesse aspecto eu sou mesmo uma desgraça, pois sou péssima fisionomista.
Um abraço
Eu sou péssimo em nomes, não em rostos, Elvira. :)
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