Uma das coisa que gostava na infância era do cheiro da lareira da casa dos meus avós, que de Inverno estava sempre acesa. E mesmo o cheiro da lenha a queimar nas ruas, também tinha um encanto especial.
Pode ser uma deturpação da memória, mas este cheiro não tem, nem nunca teve nada a ver com o cheiro das ruas das cidades que têm casas com lareira.
E não acredito que seja o problema da qualidade da madeira utilizada...
A fotografia é de John Maddon.
Os cheiros das nossas memórias trazem-nos cada sensação!! Os cheiros das casas, dos parques, das florestas, dos pinheiros de Natal que não eram de plástico... do musgo... Nunca mais me esqueci do cheiro do café com leite em casa da minha avó em Algés...
ResponderEliminar(Não sei porque não respondi antes...)
EliminarÉ verdade, Graça.
Ainda há dias estava a falar com o meu filho por gostar de ovos estrelados em azeite (eram as boas memórias da minha avó, que só usava azeite para os fritos...)
Ah, os cheiros e as memórias que eles nos trazem!
ResponderEliminarTambém me lembro dos cheiros da minha infância, alguns ainda muito antes de ter memória visual dos factos que os acompanhavam.
Como o cheiro do feijão a cozer!!
Mas a lareira ou Lar, como se dizia na minha terra, ia de uma parede à outra no chão da cozinha, da casa que era dos meus avós maternos e mais tarde foi nossa.
A lenha de azinho exalava um cheiro especial, sobretudo nas longas noites de Natal, onde os odores se misturavam espalhando-se, no ar, pela enorme cozinha.
Era o cheiro de café feito na cafeteira de barro colocada no tripé, por cima das brasas. O cheiro dulcíssimo do chocolate em barra cortado aos bocadinhos e colocado no leite, a ferver, dentro da chocolateira também de barro.
A lareira era o Lar que nos aquecia que amenizava o frio de toda a casa e onde se cozinhava, nas noites frias de Inverno.
O fumo que saía pela chaminé, estendia-se por toda a rua, num bailado de odores. Da nossa casa e da casa das vizinhas.
Não me lembro é de se fazerem fogueiras nas ruas.
Por tudo isto que vivi, compreendo bem a diferença entre os cheiros das Aldeias e das Cidades, que o Luís refere.
Se bem que há cinquenta anos atrás a minha terra já fosse Vila...A Vila Concelho de Serpa, Distrito de Beja.
Peço que me desculpe o entusiasmo.
Um abraço.
Janita
Antes pelo contrário, agradeço o entusiasmo, Janita. :)
Eliminarnão, Luís, é o cheiro que vem da terra que falta, o frio húmido da terra e das ervas, juntamente com o fumo das lareiras...
ResponderEliminarÉ verdade, Ana.
EliminarFaltam-nos outros cheiros intensos...
tens razão...é do local, até o frio é diferente.
ResponderEliminaropinião minha.
obrigada pelas visitas e comentários ao longo do ano.
desejo um bom ano de 2016.
um beijo
:)
Sim, embora não consigamos viver sem o conforto das cidades, Piedade, tudo é diferente...
Eliminarainda tenho a memória desses cheiros :)
ResponderEliminarBom ano, Luis :)
Também eu Laura. :)
EliminarExcelente Ano, com muito Teatro e Amor.
Aí está uma coisa que nunca poderei recordar.
ResponderEliminarUm abraço e dias felizes
Mas o lugar onde a Elvira cresceu era mais campo que cidade. :)
EliminarEfectivamente o cheiro da lareira da casa dos nossos avós (ou de outros familiares onde estivemos à lareira) persegue-nos a todos, a todos que tivemos infância.
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