É uma pessoa especial, que me acolheu na sua casa, quando vim para a Capital, com dezoito anos. Mas não me acolheu apenas, tratou-me sempre com grande ternura, a espaços, quase como o filho que não teve, tal como o primo Zé.
Ternura que devolvi, de uma forma natural, porque "amor com amor se paga", pelo menos no mundo das pessoas normais.
E como eu cresci nos meses que vivi na Cruz Quebrada...
As conversas que tínhamos (falava mais com a Elisete do que com o Zé...) eram extremamente enriquecedoras. Felizmente o bom ambiente familiar contrastava com a impessoalidade que encontrava nas ruas lisboetas. Embora nunca me tivesse sentido uma "cobaia", sei que a formação em psicologia da Elisete, abria portas e janelas da "minha ainda pequena casinha".
Sei também que me tornei um adulto mais responsável, graças à liberdade e aos bons exemplos que recebi deste casal especial. E também uma pessoa melhor (claro que os meus pais foram as pessoas mais importantes na minha formação e educação, mas este tempo que vivi com os primos Zé e Elisete foi diferente, deu-me outras coisas, muito mais mundo).
É também por isso, que, poder assistir ao centésimo aniversário desta Mulher especial - que continua a manter uma lucidez invejável, para esta idade grande -, deixa-me muito feliz e orgulhoso.
(Fotografia de Luís Eme - Algés)
Maravilhoso chegar aos 100 anos com lucidez. Que continue por muitos anos já que na sua memória permanecerá para sempre.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um abraço.
Também penso o mesmo, Graça.
EliminarQue coincidência! O meu marido também esteve nessa mesma festa porque é da Covilhã e tem relações de família com a Elisete. Ele adorou o discurso que a senhora fez. Ficou surpreendido com a notável lucidez dela.
ResponderEliminarUm abraço.
O mundo não é tão grande como o pintamos, Graça. :)
Eliminar(respondo mais tarde porque os teus comentários vão muitas vezes para o "spam" e só reparo depois...)
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