sábado, fevereiro 24, 2024

O preto e branco, a fotografia e a memória...


Num tempo que já cheira a Abril, pelo menos na fotografia (há por aí grandes exposições, de Augusto Cabrita, Alfredo Cunha, Eduardo Gageiro, Júlio Diniz, Luís Pavão ou Maria Lamas), com a beleza que só é possível ser transmitida pelo preto e branco, fiquei a pensar que as memórias não precisam de cor, aliás, elas próprias nem sempre surgem com as várias tonalidades que pintam os nossos dias.

Talvez sejam elas próprias, que não sintam a necessidade da cor (a não ser que sejam memórias muito expressivas, que apareçam com o mar, a praia, a feira ou o circo...).

Acabei por ficar na dúvida, porque até as pessoas quando me surgem aparecem quase "dentro de uma nuvem", sem que se usem aguarelas.

Talvez seja o preto e branco que pareça ter mais sensibilidade, e até autenticidade, para tratar da memória...

Talvez...

(Fotografia de Luís Eme - Barreiro)


2 comentários:

  1. Realmente as minhas memórias não são coloridas, a não ser o mar e o céu!

    Abraço

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    1. Pois é, Rosa. :)

      (gosto de pensar em coisas estranhas como esta das memórias...)

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