sábado, fevereiro 03, 2024

«O problema é que há cada vez mais gente pobre no nosso País»


Normalmente quando conversamos, conseguimos alargar os nossos horizontes e as nossas perspectivas sobre quase todos os problemas que nos cercam.

Foi o que aconteceu quando falei ao telemóvel com um dos meus amigos, que além de me ler nos blogues gosta mesmo é de comentar ao vivo (devem contar-se com os dedos de uma mão os comentários que escreveu na respectiva caixa...) o que escrevo.

Como está a quase três centenas de quilómetros da nossa urbe, não foi possível conversarmos na nossa velha esplanada (cada vez mais entregue aos pombos, como ele gosta de dizer...).

Falámos do que escrevi ontem e da miséria que não se esconde nos países democratas, como o nosso. O Adriano começou logo por dizer: «O problema é que há cada vez mais gente pobre no nosso País.»

Tanto em relação à imigração como em relação à saúde, educação, habitação, segurança, agricultura (e quase tudo...), os dois últimos governos socialistas fingiram que governavam e que resolviam os problemas, embora continuassem mais preocupados em ser "bons alunos" (Costa quis ser ainda melhor que Coelho...) e "poupar dinheiro", esquecendo-se do perigo das "bolas de neve", quando se tornam gigantescas (mesmo em países em quase que só cai neve na Serra mais alta...).

Estivemos de acordo em quase tudo, e sim, todos os problemas estão interligados. Existe gente a mais, oriunda de outros países, muitos ilegais, e por isso mesmo, têm mais dificuldade em arranjar emprego (os que arranjam são ainda mal pagos que os "legais", devido às circunstâncias...).

Não é por acaso, que ao final do dia, surgem tantos acampamentos clandestinos, em quase todas as zonas da cidade, onde existe um jardim ou um campo baldio (esquecendo os residentes fixos de avenidas como a Almirante Reis ou do Parque das Nações...). 

Quem está mais a par desta realidade são as associações humanitárias que continuam a distribuir refeições e bens essenciais aos "sem abrigo". Conhecem melhor o fenómeno que as próprias autoridades, que se limitam a fazer rondas dentro dos respectivos carrinhos "tinoni", sem sequer olharem para estes novos "guethos"...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


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