Os miúdos cresceram e já não ligam muito a estas coisas...
Mas sei que não é isso.
Cada vez suporto menos este mundo que nos rodeia, que é para tudo, menos para natais.
Incomoda-me cada vez mais a normalização do egoísmo, da mentira e do roubo da vida...
Deve ser também por isso, que não me apetece, quase nada, receber ou dar presentes. Prefiro ficar mais fora que dentro desta "febre consumista"...
Mas o que preferia mesmo, era que toda a hipocrisia deste tempo passasse depressa, mesmo percebendo que um dia não são dias, pelo menos para quem vive na rua, que tem a possibilidade de ter roupa lavada e comida quente, durante a época festiva.
E até pode ser que um ou outro seja "sorteado", para passar a consoada com uma daquelas famílias ricas, que gostam de manter as tradições...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
Estás virado para o negativismo. Consegues modificar alguma coisa para melhor com essa atitude? : )
ResponderEliminarE se visses as coisas por outro prisma?
Conseguiste levantar-te esta manhã sem ajuda? A tua família tem saúde? São pessoas honestas e trabalhadoras?
Passas frio ou fome? Tens bons amigos?
Poder posso, Catarina.
EliminarBasta não ler ou ver notícias; sorrir para os FDP que nasceram para nos tramar (no trânsito são às dúzias...); não dizer nada ao senhor da mercearia que tem o hábito de se enganar no troco. E podia continuar...
Mas o problema não sou eu. Não ando por aí a matar pessoas. Nem a mentir-lhes, sempre que posso. Se pensasse só nessas "coisinhas fofas", no meu bem-estar estava a ser ainda mais egoísta do que sou...
Sempre me fez confusão que o Natal fosse um dia só...
Não é ser egoísta. É, sim, praticar gratidão pelas coisas boas que tens.
EliminarTemos dias, Catarina.
EliminarAté porque, estarmos gratos pelo que temos, não nos obriga a fechar os olhos ao mundo que nos cerca.
Fujo do consumismo como o diabo da cruz mas não só nesta época.
ResponderEliminarFelizmente que a minha belle famille, que é enorme, instituiu o amigo secreto.
Ontem foi o almoço natalício em Coimbra em casa de uma cunhada e foi uma festa onde se lembraram os ausentes para sempre, com sorrisos e gargalhadas.
O melhor presente foi o nascimento de um sobrinho neto já com dois meses.
Há sempre razões para festejar.
Abraço natalício
Também tento fugir, Rosa (às vezes parece que ele anda atrás de mim). :)
EliminarEu sei que é cada vez mais difícil, mas era bom fazermos o natal pelo menos meia-dúzia de vezes por ano...