Digo isto porque uma boa parte dos novos sem-abrigo, são pessoas de outras nacionalidades. Uns vieram em busca de trabalho e têm dificuldade em consegui-lo. Outros são nómadas - chamar-lhes turistas é capaz de ser ofensivo -, andam de terra em terra, de país em país, com mochila e tenda às costas (é graças a eles que se vêm tantas tendas montadas um pouco por todo o lado na Capital...) e vivem ao "deus-dará". Nem todos tocam guitarra e cantam, ou seja, têm capacidade para fazer da rua um palco e deixar no chão uma boina para as moedas. Mas o instinto de sobrevivência faz com que depressa percebam quem são as instituições que fornecem refeições e onde passam.
Devemos ser o Pais mais aberto e mais acolhedor para esta gente marginal, porque o nosso habitual "deixa andar", sem que se tome qualquer medida, nem se tenha bem a dimensão dos problemas, faz com que eles se sintam completamente à vontade.
Isso reflecte-se em outras situações. Não sabemos ao certo quando imigrantes temos em Portugal, sejam eles oriundos do Oriente ou da América do Sul. Quando de fala em meio milhão, deve-se multiplicar este número por três (foi uma fórmula que um amigo inspector do desaparecido SEF me ofereceu, e que por norma está certa...). Muito menos sabemos quem são estes novos "nómadas" (que não têm nada de digital...).
Não sou apoiante das medidas que foram tomadas pelos franceses, muito menos das ideias do Chega sobre quem vem de fora, mas sinto que temos de fazer alguma coisa. Até porque o número de portugueses que vivem com dificuldades já é bastante significativo.
A única certeza que tenho, é que "fingir" que não se vê o que está mesmo à frente dos nossos olhos, não nos vai levar a sítio nenhum...
(Fotografia de Luís Eme - a arte da Rosarlette na Cova da Piedade)
O número de tendas dos sem-abrigo em Toronto está de novo a aumentar, em comparação com o ano passado. O que indica o agravamento da crise dos sem-abrigo na cidade. E o inverno rigoroso ainda não começou. Muitas instituições abrem as suas portas durante os dias de baixas temperaturas, para além dos muitos abrigos que existem. Alguns não querem alojar-se lá alegando várias razões.
ResponderEliminarCreio ser um grande problema em muitos países, com mais ou menos recursos.
Boas Festas,Luis!
Pois é, trata-se de um problema "bicudo", Catarina.
EliminarSe os países mais ricos têm dificuldade em o resolver, o que dizer de nós...
Se há muita gente "doente" que finge ser normal, quem vai viver para a rua, não finge, quer ser "louco" e "livre", à força toda...
E Boas Festas, Catarina. :)
EliminarComo sou um visitante que raramente comenta, hoje quebro a regra para desejar um «Feliz Natal» e que o amanhã seja um pouco melhor que o ontem!
ResponderEliminarAgradeço os votos, Tintinaine. Mas o amanhã continua pintado com tintas escuras, pelos homens... Mas sim, vamos lá ter esperança, num amanhã melhor.
EliminarBoas Festas!
Bom dia
ResponderEliminarRecordo-me de alguém do nosso panorama político nacional , nomeadamente o nosso P.R. ter dito num discurso que tencionava acabar com os sem abrigo em Portugal até ao fim do seu mandato .
Já não falta muito (irónico)
JR
O Presidente é um brincalhão, Joaquim.
EliminarSe acabasse com os sem abrigo, depois não lhes podia ir dar refeições nem tirar selfies, no Natal.
Boas Festas!
Parece que esse mal está a alastrar mesmo nos países mais ricos mas é obrigatório sermos felizes no Natal!
ResponderEliminarAbraço
O obrigatório devia ser haver pelo menos um Natal por mês, Rosa.
EliminarBoas Festas.
Não mesmo.
ResponderEliminarBoas Festas, Luís
Abraço Fraterno
Boas Festas, Elvira, e votos de mais saúde para 2024.
EliminarRetribuo também o Abraço Fraterno, claro.