É um dos nossos melhores exemplos de quem abandonou o País, por amor à liberdade e ao saber.
Para poder viver, pensar e expressar-se sem qualquer tipo de condicionalismo, Eduardo deixou para trás o Portugal salazarento, demasiado pequeno e fechado para os seus horizontes.
Cruzámo-nos várias vezes aqui e ali, mas só falámos uma vez. Estava acompanhado do Jorge na Gulbenkian. Ele passou por nós e além de nos cumprimentar, brindou-nos com uma "anedota cultural", que nos deixou a sorrir de orelha a orelha...
Quando voltei para casa pensei noutro nonagenário, o Fernando (para o ano comemora-se o seu centenário...), um homem da cultura e do associativismo de Almada. Um dos seus grandes prazeres era brindar os amigos com uma anedota e vê-los a sorrir...
Tanto o Fernando como o Eduardo são um bom exemplo de que as pessoas podem ser grandes, sem se afastarem do mundo que as rodeia, que também se alimenta das pequenas coisas, que nos deixam momentaneamente felizes...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
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