Como era relativamente jovem e inteligente, aos poucos e poucos foi refazendo a vida. E hoje leva uma vida próxima dos padrões anteriores a esse pesadelo, pela qual tiveram de passar milhares de portugueses.
Um dia destes conversou comigo sobre essa época e sobre estes tempos que vivemos. Disse-me que "ser pobre" ajudou-o bastante, ao ponto de se ter precavido para que a família não volte a passar pelo mesmo. Nunca mais deixou de valorizar cada euro que ganha e cada euro que gasta.
O curioso da nossa conversa foi ele ter confessado que a mulher "não aprendeu nada" com tudo o que passaram. Ou seja, não prescinde de comprar tudo aquilo que deseja e que esteja ao alcance da sua bolsa. Já desistiu de falar com ela sobre o assunto porque lhe responde que tem tempo de poupar e de não comprar o que gosta, quando voltar a ser "pobre". E ele mete a "viola no saco"...
A única coisa que lhe disse foi que estava enganado, quando dizia que a esposa não tinha aprendido nada. Olhou-me curioso, antes de eu acrescentar, que, como somos diferentes, também aprendemos coisas diferentes com a mesma lição de vida...
Claro que ele não ficou nada convencido. Nada de preocupante, porque nós não estávamos ali para nos convencermos um ao outro, apenas para conversar...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
Bom dia
ResponderEliminarHá quem não aprenda as lições de vida mas como dizia alguém " nobody is perfect ".
JR
Eu continuo a dizer que aprendemos coisas diferentes, Joaquim. :)
EliminarA vida ensina-nos todos os dias. Mas tem razão: nem todos aprendemos da mesma forma.
ResponderEliminarUma boa semana.
Um beijo.
O nosso olhar é muito particular, Graça. :)
EliminarSe somos diferentes não podemos aprender o mesmo!
ResponderEliminarAbraço
Grande "pallissada", Rosa. :)
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