Tudo o que está a acontecer à nossa volta, é demasiado preocupante para fingirmos que "não se passa nada". A generalidade das pessoas têm comportamentos mais violentos uns para os outros, verbalmente e fisicamente. Respeita-se e tolera-se muito menos o outro, que até tem o direito a estar errado, porque como todos sabemos, ninguém é perfeito. Em vez de se tentar puxar as pessoas à razão, parte-se logo para o insulto, primeiro verbal e depois físico.
Há por certo muitas causas, muitas responsabilidades. Não sei onde começam e onde acabam. De certeza que a forma como as pessoas usam as redes sociais, sem qualquer filtro, tem influência. A existência de um canal televisivo que transforma qualquer crime numa telenovela, também ajuda na mudança de comportamentos. A chegada da extrema direita ao parlamento, onde recorre com demasiada frequência ao insulto e à mentira, também poderá fazer pensar que se "pode fazer e dizer tudo". O funcionamento da justiça onde paira um sentimento de impunidade (mesmo que seja falso...) e das polícias (cada vez mais ausentes no espaço público...), também deve ter a sua quota parte, neste país que caminha para outra coisa, distante do tal "paraíso", que chama tanta gente de fora.
Há pelo menos uma coisa que se pode, e deve, fazer desde já. As polícias têm de voltar às ruas, têm de estar mais presentes no dia-a-dia de cada de nós, têm de se mostrar e de fazer sentir a todos nós que não somos "uma terra sem lei".
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Bom dia
ResponderEliminarSubscrevo totalmente o que acabo de ler.
Este paraíso começa a ficar demasiado preocupante, e não é com paninhos quentes que vai melhorar.
Violência gera violência , e alguém tem de tomar medidas em contrário.
JR
É verdade, Joaquim.
EliminarAinda vamos a tempo de mudar o rumo às coisas.
Tens razão. A presença policial deve ser uma das prioridades.
ResponderEliminarTambém aqui têm aumentado os aos violentos. Nos últimos seis meses morreram oito polícias em serviço. Raramente se ouvia falar em esfaqueamentos no Metro em Toronto. Tiveram que aumentar o número de polícias neste meio de transporte. Fala-se em doenças mentais que não são tratadas. Muitos hospitais psiquiátricos centralizados foram encerrados nos anos de 1990. Também aqui qe assumiu que os problemas mentais poderiam ser tratados na comunidade, através de breves visitas a hospitais e medicação antipsicótica.
Pois é, Catarina, o mundo está mais violento e menos tolerante.
EliminarHá por aqui e por aí muita gente maluca a precisar de tratamento, mas que tem a mania que os outros é que são os "doentes" e os "malucos"...
Nos grandes aglomerados parece que as pessoas se transtornam com mais facilidade.
ResponderEliminarTalvez a convivência pacífica precise de ser mais treinada, começando pelas escolas.
Por aqui reina a calma!
Abraço
Sempre foi assim, Rosa.
EliminarMuita gente é sinal de confusão. Mais apertos, mais correrias, mais provocações, mais falta de educação e de respeito.
Sou contra os estados policiais, mas o que não falta por aí é gente que não sabe viver em liberdade.
Menos, só mesmo o sossego e a tolerância...