Um senhor comprou algo para o neto e pediu ao homem que estava à minha frente (pelos vistos eram vizinhos) se podia passar à frente ignorando-me, completamente.
Fingi que não percebi, mas já depois de pagar continuou a insistir no agradecimento ao vizinho. Foi quando eu achei que devia dizer alguma. E disse que também me devia agradecer, porque tinha passado à minha frente na fila.
O que eu fui dizer...
Começou a dizer que não me conhecia de lado nenhum, ao contrário do amigo. E depois partiu para o insulto, chamou-me parvalhão, besta... A menina da caixa, incomodada, pediu-me para não lhe ligar. E foi o que eu fiz.
O mais grave é que quando sai da loja o homem quase com idade para ser meu pai, estava à minha espera à porta e ainda me tentou agredir fisicamente. Antes que pudesse responder, uma senhora de cor pediu-me para não lhe ligar e ir embora (e ainda bem...), recordando-me da presença do neto, um menino com uns oito anos.
E foi o que fiz...
Parece surreal, mas aconteceu-me mesmo, há menos de uma hora.
A princípio pode parecer uma questão de civismo e de falta de respeito pelo próximo. Mas eu penso que existe aqui mais qualquer coisa a nível mental, próximo da loucura.
Claro que eu poderia não ter dito nada. Mas isso é que quase toda gente faz neste tipo de situações, para não ter problemas e chatices. E o resultado é as "bestas" que andam por aí à solta, pensarem que podem fazer tudo o que lhe dá na real gana.
(Fotografia de Luís Eme - Salir do Porto)
Fecharam o Júlio de Matos e o Miguel Bombarda, por isso eles têm de andar por algum lado...
ResponderEliminarEfectivamente, a pandemia teve graves reflexos na saúde mental dos portugueses!
De qualquer modo a formação das pessoas continua a resvalar em plano inclinado e obviamente que também contribui para estas lamentáveis e desagradáveis situações.
Nota:Certamente todos saberão que os hospitais Júlio de Matos e o Miguel Bombarda (já encerrados) eram hospitais para doenças mentais.
E os Centros de Saúde também estão na mira dos vampiros; quem quiser médico de família vai ao Hospital da CUF (o anúncio já está aí na televisão- VERGONHA para este miserável país de corruptos e mentirosos).
Nāo sabia que esses hospitais tinham sido encerrados. Para onde vāo os pacientes com graves problemas mentais?
EliminarSão várias coisas, Severino. As pessoas estão cada vez mais egoístas...
EliminarE talvez gostem de se fingir mais malucos do que de facto são...
Eu também não me calaria!
ResponderEliminarAbraço
Mas como isto está, é cada vez mais perigoso, defender aquilo que achamos certo, Rosa...
EliminarFizeste-me rir. :)
ResponderEliminarQue falta de educaçāo.
A mim dá-me mais vontade de chorar que de rir, Catarina.
EliminarOnde a tolerância traz incómodos.
ResponderEliminarO que havia a fazer era começar por exigir que houvesse troca de lugar na fila.
Neste caso, tudo o que não fosse o silêncio, traria incómodos, José...
EliminarBom dia
ResponderEliminarInfelizmente é o pão nosso de cada dia .
Estupidez, por agora não paga imposto.
JR
Sempre se sentiu a falta de civismo entre nós, mas agora as coisas estão muito piores, Joaquim.
EliminarA fotografia é fabulosa!
ResponderEliminarAinda bem que gostas, Catarina. :)
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