O homem disse uma vez "estúpido", repetiu, "estúpido", insistiu, "estúpido". E o cão, cada vez que o homem dizia esta palavra, vinha até ele e depois continuava a correr, para voltar assim que o homem dizia a palavra "estúpido".
Embora o homem fosse livre de dar o nome que quisesse, ao seu animal de estimação, "estúpido" era no mínimo absurdo, para não lhe chamar outra coisa.
Foi quando pensei que é comum dizer-se que os cães com o tempo começam a parecer-se com os donos e os donos com estes seus animais de estimação...
Pois é, e ninguém me tira da cabeça, que se havia ali alguém estúpido, era o "animal de duas patas".
(Fotografia de Luís Eme - Ginjal)
Boa noite
ResponderEliminarCom certeza!
Como é possível dar um nome desses a um animal.
Seguindo sua teoria, eu tenho sorte.
Tenho um casal de cães.
A menina se chama Atena.
O menino se chama Klid que segundo meu filho, que viveu na República Theca, quer dizer meigo, carinhoso.
Então estou bem, você não acha?
Isto até parece ficção, "Tecaestrabon", mas aconteceu na Alameda, em Lisboa...
EliminarChama-se a isso o efeito da mera exposição ou o princípio da familiaridade.
ResponderEliminarAinda não observei esse efeito com um cão. : )
Deverá ter explicação, Catarina. :)
EliminarQue estupidez!
ResponderEliminarAbraço
O homem pode gostar desta palavra, Rosa.
EliminarFiquei por ali, a ver se era mesmo verdade. Ouvi o homem dizer a palavra "estúpido" umas vinte vezes, com o cão a ir e vir...
Acabei por ficar convencido.
Um espelho distorcendo algumas virtudes que o possuidor,agora baptizado tutor(os animais é que o são pela contínua solicitação às nossas supostas competências), ainda detenha.
ResponderEliminarO mundo é um lugar cada vez mais estranho, José.
EliminarA minha vetustez diz-me que sempre o foi.
ResponderEliminarAgora a rapidez mediática amplifica e replica "na hora" aquilo,o Mal,que dantes demorava a tornar-se conhecido.A estranheza humana parecia distante,excepcional,ou só conhecida localmente em caso de guerra ou de homicídios.
Um bom e nutrido compêndio de História Universal ou só Nacional ilustra a face pública do Mal e a sua inerência à espécie humana.Quantos sacrifícios foram e são necessários para que esta melhore,pela generalização recente(na História) do Direito Universal e pela morigeração dos costumes atávicos.
Vai isto de modo prolixo pelo que me penalizo.
Cumps.
Jose
Sim, agora há "filmes" e "gravadores" em todas as ruas, José.
EliminarE aprendemos sempre tão pouco com os nossos erros...