Além da andarmos à volta de algumas salas e de alguns filmes, também olhámos para dentro de nós como as nossas vidas mudam quando aparecem os filhos... Mudam mesmo, se não fingirmos que continuamos "pássaros livres", assim que anoitece, deixando-os entregues às mães e sogras, desejosas de viverem segundas maternidades...
Voltando ao cinema, nem foi precisar inventar justificações para as nossas faltas de comparência nas salas. Bastou focarmo-nos nas mudanças nos últimos vinte anos. Hoje parece que a acção é a única coisa que importa, usa-se e abusa-se das fitas "sobrenaturais", quase banda desenhada feita com seres humanos em vez de bonecos. Para tornar tudo ainda mais maluco, aumentaram o som das salas dos centros comerciais (praticamente as únicas existentes...), quase até ao ensurdecedor.
Estivemos os dois de acordo, não foi apenas uma coisa, que nos afastou do cinema. Nem mesmo as famosas pipocas. Até porque as últimas vezes que fui ao cinema, foi com os meus filhos e com pipocas.
Ambos sabemos que vida é feita de mudanças. E a partir de certa altura, parece que o que passou é melhor do que o que ainda está para vir.
Foi mais ou menos esta a conclusão a que chegamos, pelo menos em relação ao cinema...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
Bom dia
ResponderEliminarBons tempos em que os domingos à tarde eram passados no cinema a ver grandes metragens .
JR
Não sei se os classifique como bons, Joaquim.
EliminarLá que eram muito diferentes, eram.