Estarmos dentro ou perto dos sessenta também não deve ajudar nada, diga-se de passagem...
Se numa conversa começares a ouvir coisas mais ou menos estranhas, o melhor que tens a fazer é mudar de mesa, mudar de café e até fazer uma rifa com os teus amigos.
Não sei quem começou, nem porquê. Mas isso é o menos importante. Só sei que comecei a ouvir coisas como:
«A partir de certa altura, começamos a olhar mais para trás e a querer fazer o percurso inverso, é como se fugíssemos de alguma coisa...»
«Talvez saibamos que temos um "abismo" à nossa espera.»
«Sim. Talvez queiramos fugir do fim.»
«É isso... Somos demasiado realistas e bem informados. Estamos fartos de saber que este país não é para ninguém, nem para velhos, nem para novos.»
«Tira daí o "ninguém". Se fores um velho inglês ou francês, este país assenta-te que nem uma luva. Até a velhota da mercearia aprende a falar estrangeiro, só para ter servir na palma da mão.»
Depois do diálogo entre o "Velho um" e o "Velho dois", entrou em cena o "Velho três":
«Quem diria, afinal não são só as clientes das cirurgias plásticas e dos "botoxes" desta vida, que não querem ser velhas...»
(esqueci-me de apontar a noss gargalhada geral, a pensar nas "lilis" deste mundo...)
(Fotografia de Luís Eme - Tejo)
Quem olha para trás perde o presente e a esperança de bons momentos no futuro.
ResponderEliminarIsso foi uma conversa "bem portuguesa"... algum negativismo à mistura. :)))
Quem são os "lilis"?
É verdade. :)
ResponderEliminar(São as "Lilis" - não conheces a Lili Caneças, Catarina? É mais conhecida que a Sé de Braga)
: )))
EliminarSim, já ouvi falar na Lili Caneças.